Hoje, o Evangelho reflecte muito bem a obra de Sto. Alberto Magno, bispo e doutor da Igreja. Dedicou-se ao estudo das chamadas “artes liberais”: gramática, retórica, dialéctica, aritmética, geometria, astronomia e música, ou seja, da cultura geral... Durante a permanência em Pádua, frequentou a igreja dos Dominicanos, aos quais se uniu depois com a profissão dos votos religiosos.

Depois da ordenação sacerdotal, os Superiores destinaram-no ao ensino em vários centros de estudos teológicos. As brilhantes qualidades intelectuais permitiram-lhe aperfeiçoar o estudo da teologia na universidade mais célebre dessa época, a de Paris. A partir de então, Santo Alberto empreendeu aquela extraordinária actividade de escritor, que depois teria continuado durante toda a vida. De Paris, levou consigo para Colónia um discípulo extraordinário, Tomás de Aquino. Os seus dotes não passaram despercebidos ao Papa Alexandre IV, que nomeou-o Bispo de Regensburg. Dado que era um homem de oração, ciência e caridade, gozava de grande autoridade nas suas intervenções.

—É chamado também “Doctor universalis”, precisamente pela vastidão dos seus interesses e do seu saber. Santo Alberto Magno recorda-nos que entre ciência e fé existe amizade. Santo Alberto Magno abriu a porta para a recepção completa da filosofia de Aristóteles na filosofia e teologia medieval, uma recepção elaborada depois de modo definitivo por S. Tomás: foi uma autêntica revolução cultural para aquela época.