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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

Sexta-feira da 1ª semana do Tempo Comum
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1ª Leitura (Heb 4,1-5.11): Irmãos: Embora se mantenha a promessa de entrar no repouso de Deus, devemos recear que algum de vós corra o risco de ficar excluído. Também nós recebemos a boa nova, como os nossos pais. Mas a palavra que eles ouviram de nada lhes serviu, por não estarem unidos pela fé àqueles que a ouviram. Na verdade, nós que abraçamos a fé, entramos no repouso de que Deus falou, ao dizer:: «Porque Eu jurei na minha ira: não entrarão no meu repouso». De facto, as obras de Deus estavam concluídas desde a criação do mundo, pois em certa passagem falou assim do sétimo dia: «Ao sétimo dia Deus repousou de todas as suas obras»; e noutro lugar: «Não entrarão no meu repouso». Apressemo-nos, portanto, a entrar nesse repouso, para que ninguém sucumba, imitando aquele exemplo de desobediência.
Salmo Responsorial: 77
R/. Não esqueçais as obras de Deus.
O que ouvimos e aprendemos e nossos pais nos contaram, narraremos à geração futura: o poder do Senhor e as suas maravilhas.

Ergam-se e transmitam a seus filhos para que ponham em Deus a sua confiança e não esqueçam as obras do Senhor, mas guardem os seus mandamentos.

Para que não sejam como seus pais, geração rebelde e obstinada, que não teve coração recto nem espírito fiel a Deus.
Versículo antes do Evangelho (Lc 7,16): Aleluia. Apareceu entre nós um grande profeta: Deus visitou o seu povo. Aleluia.
Evangelho (Mc 2,1-12): Alguns dias depois, Jesus passou novamente por Cafarnaum, e espalhou-se a notícia de que ele estava em casa. Ajuntou-se tanta gente que já não havia mais lugar, nem mesmo à porta. E Jesus dirigia-lhes a palavra.

Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não conseguiam apresentá-lo a ele, por causa da multidão, abriram o teto, bem em cima do lugar onde ele estava e, pelo buraco, desceram a maca em que o paralítico estava deitado. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: «Filho, os teus pecados são perdoados».

Estavam ali sentados alguns escribas, que no seu coração pensavam: «Como pode ele falar deste modo? Está blasfemando. Só Deus pode perdoar pecados»! Pelo seu espírito, Jesus logo percebeu que eles assim pensavam e disse-lhes: «Por que pensais essas coisas no vosso coração? Que é mais fácil, dizer ao paralítico: ‘Os teus pecados são perdoados’, ou: ‘Levanta-te, pega a tua maca e anda’? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados — disse ao paralítico — eu te digo: levanta-te, pega a tua maca, e vai para casa!»

O paralítico se levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca. Todos ficaram admirados e louvavam a Deus dizendo: «Nunca vimos coisa igual!».

«Filho, os teus pecados são perdoados(...)Levanta-te, pega a tua maca e anda»

Rev. D. Joan Carles MONTSERRAT i Pulido (Cerdanyola del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, vemos novamente Jesus rodeado de uma multidão: «Ajuntou-se tanta gente que já não havia mais lugar, nem mesmo à porta» (Mc 2,2). O Seu coração abre-se perante as necessidades dos outros e faz-lhes todo o bem possível: perdoa, ensina e cura ao mesmo tempo. Dá-lhes certamente ajuda a nível material (no caso de hoje, fá-lo curando-o de uma paralisia), mas — no fundo— procura o melhor e o primeiro para cada um de nós: o bem da alma.

Jesus Salvador quer deixar-nos uma esperança certa de salvação: Ele é capaz até de perdoar os pecados e de se compadecer da nossa debilidade moral. Antes de mais, diz taxativamente: «Filho, os teus pecados são perdoados» (Mc 2,5). Depois, contemplamo-lo associando o perdão dos pecados —que dispensa generosa e incansavelmente— a um milagre extraordinário, “palpável” aos nossos olhos físicos. Como uma espécie de garantia externa, para nos abrir os olhos da fé, depois de declarar o perdão dos pecados do paralítico, cura-o da paralisia: «Eu te digo: levanta-te, pega a tua maca, e vai para casa! O paralítico se levantou e, à vista de todos, saiu carregando a maca» (Mc 2,11-12).

Podemos reviver frequentemente este milagre na Confissão. Nas palavras da absolvição que o ministro de Deus pronuncia («Eu te absolvo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo») Jesus oferece-nos novamente — de maneira discreta—a garantia externa do perdão dos nossos pecados, garantia equivalente à cura espetacular que realizou com o paralítico de Cafarnaúm.

Começamos agora um novo tempo comum. E recorda-se a nós, os crentes a necessidade urgente que temos de um encontro sincero e pessoal com Jesus misericordioso. Neste tempo, Ele convida-nos a não fazer “descontos”, a não descuidar o perdão necessário que Ele nos oferece no Seu seio, na Igreja.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Ao perdoar os pecados, salvou o homem e deu a entender visivelmente quem era Ele, na sua pessoa: Ele era o Verbo de Deus encarnado, com potestade para perdoar os pecados. Como homem se compadece de nós, e como Deus tem piedade de nós e perdoa as nossas ofensas» (Santo Ireneu).

  • «O Evangelho apresenta-nos a Cristo que vence a parálise da humanidade. Descreve o poder da Misericórdia divina que perdoa e anula todo pecado quando encontra uma fé autêntica. O mandato de Cristo pode dar um giro à situação: ‘¡Levanta-te, caminha!’» (Francisco).

  • «O Senhor Jesus Cristo, médico das nossas almas e dos nossos corpos, que perdoou os pecados ao paralítico e lhe restituiu a saúde do corpo, quis que a sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, a sua obra de cura e de salvação, mesmo para com os seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: do sacramento da Penitência e o da Unção dos enfermos» (Catecismo de la Igreja Católica, nº 1.421)