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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

Sábado XVIII do Tempo Comum
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1ª Leitura (Hab 1,12—2,4): Não sois Vós, Senhor, desde os tempos antigos, o meu Deus, o meu Santo, o Imortal? Estabelecestes os caldeus, Senhor, para exercerem a justiça e os consolidastes como um rochedo para castigarem. Os vossos olhos são demasiado puros para verem o mal e não podeis contemplar a opressão. Porque olhais então para os malvados, porque ficais em silêncio, quando o ímpio devora o justo? Tratareis os homens como os peixes do mar, ou como os répteis que não têm dono? O inimigo pesca-os a todos no anzol, apanha-os com a rede, recolhe-os com a tarrafa e assim fica alegre e satisfeito. Por isso oferece sacrifícios à sua rede e queima incenso à sua tarrafa, pois fez com elas uma pesca abundante e alcançou alimento com fartura. Continuará ele a utilizar a sua rede, matando os povos impiedosamente?

Ficarei no meu posto de sentinela, conservar-me-ei de pé sobre a muralha, estarei alerta para ver o que o Senhor me dirá, como irá responder à minha queixa. Então o Senhor respondeu-me: «Põe por escrito esta visão e grava-a em tábuas com toda a clareza, de modo que a possam ler facilmente. Embora esta visão só se realize na devida altura, ela há-de cumprir-se com certeza e não falhará. Se parece demorar, deves esperá-la, porque ela há-de vir e não tardará. Vede como sucumbe aquele que não tem alma recta; mas o justo viverá pela sua fidelidade».
Salmo Responsorial: 9
R/. Não abandonais, Senhor, aqueles que Vos procuram.
O Senhor é Rei para sempre, firmou o seu trono para julgar. Ele julga a terra com justiça, governa os povos com rectidão.

O Senhor é o refúgio dos oprimidos, o seu refúgio nas horas de tribulação. Em Vós confiam os que conhecem o vosso nome, porque não abandonais, Senhor, os que Vos procuram.

Cantai ao Senhor, que tem em Sião a sua morada, anunciai entre os povos os seus feitos gloriosos. O Senhor lembra-Se do sangue derramado e não esquece o clamor dos infelizes.
Versículo antes do Evangelho ((Cf. 2Tim 1:10)): Aleluia. Jesus Cristo, nosso Salvador, destruiu a morte e fez brilhar a vida por meio do Evangelho. Aleluia.
Evangelho (Mt 17,14-20): Naquele tempo, alguém aproximou-se de Jesus, caiu de joelhos e disse: «Senhor, tem compaixão do meu filho. Ele tem crises de epilepsia e passa mal. Muitas vezes cai no fogo ou na água. Levei-o aos teus discípulos, mas eles não conseguiram curá-lo!». Jesus tomou a palavra: «Ó geração sem fé e perversa! Até quando vou ficar convosco? Até quando vou suportar-vos? Trazei aqui o menino». Então Jesus repreendeu o demônio, e este saiu do menino, que ficou curado a partir dessa hora.

Então, os discípulos aproximaram-se de Jesus e lhe perguntaram em particular: «Por que nós não conseguimos expulsar o demônio?». Ele respondeu: «Por causa da fraqueza de vossa fé! Em verdade vos digo: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: 'Vai daqui para lá', e ela irá. Nada vos será impossível».

«Se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda (...) nada vos será impossível»

Rev. D. Fidel CATALÁN i Catalán (Terrassa, Barcelona, Espanha)

Hoje, uma vez mais, Jesus dá a entender que a medida dos milagres é a medida de nossa fé: «Eu vos asseguro: se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a esta montanha: Vai daqui para lá, e ela irá» (Mt 17,20). De fato, como fazem notar São Jerônimo e Santo Agostinho, na obra de nossa santidade (algo que claramente supera as nossas forças) se realiza esse deslocar-se o monte. Por tanto, os milagres aí estão e, se não vemos mais é porque não lhe permitimos os fazer por nossa pouca fé.

Ante uma situação desconcertante e para todos incompreensível, o ser humano reage de diversas maneiras. A epilepsia era considerada como uma doença incurável e que sofriam as pessoas que se encontravam possuídas por algum espírito maligno.

O pai daquela criatura expressa seu amor para o filho buscando sua cura integral, e vai a Jesus. Sua ação é mostrada como um verdadeiro ato de fé. Ele se ajoelha ante Jesus e o impreca diretamente com a convicção interior de que sua petição será escutada favoravelmente. A maneira de expressar a demanda mostra, ao mesmo tempo, a aceitação de sua condição e, o reconhecimento da misericórdia Daquele que pode sentir compaixão dos outros.

Aquele pai menciona o fato de que os discípulos não puderam jogar àquele demônio. Esse elemento introduz a instrução de Jesus fazendo notar a pouca fé dos discípulos. Segui-lo a Ele, se fazer discípulo, colaborar em sua missão pede uma fé profunda e bem fundamentada, capaz de suportar adversidades, contratempos, dificuldades e incompreensões. Uma fé que é efetiva porque está solidamente enraizada. Em outros fragmentos evangélicos, Jesus Cristo mesmo lamenta a falta de fé de seus seguidores. A expressão «nada vos será impossível» (Mt 17,20) expressa com toda a força a importância da fé no seguimento do Mestre.

A Palavra de Deus põe na nossa frente a reflexão sobre a qualidade de nossa fé e, a maneira como a aprofundamos e, nos lembra aquela atitude do pai de família que se aproxima a Jesus e lhe roga com a profundidade do amor de seu coração.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Com uma confiança firme na palavra de Deus, arrancariamos uma montanha de sofrimentos; ao passo que, se a nossa fé vacilar, nem apenas uma concha se moverá» (S. Tomás More)

  • «Cada um de nós, na sua vida quotidiana, pode dar testemunho de Cristo, com a força de Deus, com a força da fé. E onde é que vamos buscar essa força? Recebemo-la de Deus, na oração. A oração é o sopro da fé» (Francisco)

  • «`caminhamos pela fé e não vemos claramente´ (2 Cor 5, 7) (...). a fé pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos parece muitas vezes bem afastado daquilo que a fé nos diz (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 164)