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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

Quinta-feira da 6ª semana do Tempo Comum
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1ª Leitura (Tg 2,1-9): Meus irmãos: A fé em Nosso Senhor Jesus Cristo não deve admitir acepção de pessoas. Pode acontecer que na vossa assembleia entre um homem bem vestido e com anéis de ouro e entre também um pobre e mal vestido. Talvez olheis para o homem bem vestido e lhe digais: «Tu, senta-te aqui em bom lugar»; e ao pobre: «Tu, fica aí de pé»; ou então: «Senta-te aí, abaixo do estrado dos meus pés». Não estareis a estabelecer distinções entre vós e a tornar-vos juízes com maus critérios? Escutai, meus caríssimos irmãos: Não escolheu Deus os pobres deste mundo para serem ricos na fé e herdeiros do reino que prometeu àqueles que O amam? Vós, porém, desprezais o pobre. Não são os ricos que vos oprimem e arrastam aos tribunais? Não são eles que ultrajam o nome sublime que sobre vós foi invocado? Assim, se cumprirdes a lei régia da Escri¬tura: «Amarás o teu próximo como a ti mesmo», procedeis bem. Mas se fizerdes distinção de pessoas, cometeis pecado, porque a Lei vos acusa como transgressores.
Salmo Responsorial: 33
R/. O pobre clamou e o Senhor ouviu a sua voz.
A toda a hora bendirei o Senhor, o seu louvor estará sempre na minha boca. A minha alma gloria-se no Senhor: escutem e alegrem-se os humildes.

Enaltecei comigo o Senhor e exaltemos juntos o seu nome. Procurei o Senhor e Ele atendeu-me, libertou-me de toda a ansiedade.

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes, o vosso rosto não se cobrirá de vergonha. Este pobre clamou e o Senhor o ouviu, salvou-o de todas as angústias.
Versículo antes do Evangelho (Jo 6, 64c.68c): Aleluia. As vossas palavras, Senhor, são Espírito e vida: Vós tendes palavras de vida eterna. Aleluia.
Evangelho (Mc 8,27-33): Jesus e seus discípulos partiram para os povoados de Cesaréia de Filipe. No caminho, ele perguntou aos discípulos: «Quem dizem as pessoas que eu sou?». Eles responderam: «Uns dizem João Batista; outros, Elias; outros ainda, um dos profetas». Jesus, então, perguntou: «E vós, quem dizeis que eu sou? ». Pedro respondeu: «Tu és o Cristo».

E Jesus os advertiu para que não contassem isso a ninguém. E começou a ensinar-lhes que era necessário o Filho do Homem sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, depois de três dias, ressuscitar. Falava isso abertamente. Então, Pedro, chamando-o de lado, começou a censurá-lo. Jesus, porém, voltou-se e, vendo os seus discípulos, repreendeu Pedro, dizendo: «Vai para trás de mim, satanás! Pois não tens em mente as coisas de Deus, e sim, as dos homens!».

«Quem dizem as pessoas que eu sou? (…) E vós, quem dizeis que eu sou?»

Rev. D. Joan Pere PULIDO i Gutiérrez (Sant Feliu de Llobregat, Espanha)

Hoje continuamos a ouvir a Palavra de Deus com a ajuda do Evangelho de São Marcos. Um evangelho com uma inquietação bem clara: descobrir quem é este Jesus de Nazaré. Marcos foi nos oferecendo, com os seus textos, a reação de diferentes personagens perante Jesus: os doentes, os discípulos, os escribas e fariseus. Hoje nos pede diretamente a nós: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Mc 8,29).

Certamente, os que nos chamamos cristãos temos o dever fundamental de descobrir a nossa identidade para dar testemunho da nossa fé, dando bom exemplo com a nossa vida. Este dever urge-nos para poder transmitir uma mensagem clara e compreensível aos nossos irmãos e irmãs que podem encontrar em Jesus uma Palavra de Vida que dê sentido a tudo o que pensam, dizem e fazem, mas este testemunho deve começar sendo nós próprios conscientes do nosso encontro pessoal com Ele. João Paulo II, na sua Carta apostólica “Novo millennio ineunte”, escreveu-nos: «O nosso testemunho seria enormemente deficiente se não fossemos os primeiros contempladores do seu rosto».

São Marcos, com este texto, oferece-nos um bom caminho de contemplação de Jesus. Primeiro Jesus pergunta que dizem as pessoas que Ele é; e podemos responder como os discípulos: João Batista, Elias, uma personagem importante, bom, atraente. Uma resposta boa, sem dúvida, mas ainda longe da Verdade de Jesus. Ele pergunta-nos: «E vós, quem dizeis que eu sou?» (Mc 8,29). É a pergunta da fé, da implicação pessoal. A resposta apenas a encontramos na experiência do silencio e da oração. É o caminho da fé que recorre Pedro, e o que devemos também nós fazer.

Irmãos e irmãs, experimentemos desde a nossa oração a presença libertadora do amor de Deus presente nas nossas vida. Ele continua fazendo aliança conosco com signos claros da sua presença, como aquele arco posto nas nuvens prometido a Noé.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Era Necessário que o Filho de Deus padecesse por nós? Era-o, certamente, por duas razões fáceis de deduzir: uma, para remediar os nossos pecados; e a outra, para nos dar o exemplo de como devemos obrar» (Santo Tomás de Aquino)

  • «Ao longo dos séculos, os cristãos devem ser continuamente instruídos, pelo Senhor, para que assim, sejam conscientes do seu caminho que não é o da gloria nem o do poder terreno mas, o “caminho da cruz”» (Benedito XVI)

  • «É o «amor até ao fim» (Jo 13,1) que confere ao sacrifício de Cristo o valor de redenção e reparação, de expiação e satisfação. (...) Nenhum homem, ainda que fosse o mais santo, estava em condições de tornar sobre si os pecados de todos os homens e de se oferecer em sacrifício por todos (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 616)