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Evangelho de hoje + explicação teológica breve
Quarta-feira de Cinza: começo da Quaresma
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI) (Città del Vaticano, Vaticano)Hoje começamos a Quaresma com os ritos simbólicos próprios e exclusivos da Quarta de Cinza: 1. A procissão penitencial, que simboliza a peregrinação pessoal e comunitária de conversão e renovação espiritual; 2. A imposição da cinza, que significa o chamado a corresponder a sinceridade da alma, e a coerência das obras. A Quaresma é um tempo de purificação —tal como o manifesta sua cor litúrgica— e toda ela está orientada ao mistério da Redenção.
Como caminho de autêntica conversão e de preparação espiritual mais intensa para celebrar a Páscoa, a liturgia propõe-nos três práticas penitenciais que têm um grande valor para a tradição bíblica: a oração, o jejum e a esmola. Na realidade, a vida cristã toda é um combate sem pausa, no qual devemos usar essas três "armas".
—Morrer a se mesmo para viver em Deus é o itinerário ascético que todos os discípulos de Jesus estão chamados a percorrer com humildade e paciência, com generosidade e perseverança.
A Quaresma. A Esmola
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI) (Città del Vaticano, Vaticano)Hoje, contemplamos a Quaresma como um tempo privilegiado da peregrinação interior até Àquele que é a fonte da misericórdia. Uma das práticas quaresmais recomendadas é a esmola: representa uma maneira concreta de ajudar os necessitados e, ao mesmo tempo, um exercício ascético para libertar do apego aos bens terrenos.
A esmola ajuda-nos a vencer a tentação constante de servir a “dois senhores” (a Deus e ao dinheiro), e ensina-nos a socorrer o próximo nas suas necessidades e a compartilhar com os outros o que, por bondade divina, possuímos. A esmola evangélica não é simples filantropia, mas expressão concreta da caridade, a virtude teologal que exige a conversão interior ao amor de Deus e dos irmãos, à imitação de Jesus Cristo, que, morrendo na cruz, se entregou a si próprio por nós.
—A Quaresma incita-nos a seguir o exemplo da “viúva pobre”, cuja esmola não consistiu somente em dar o que possuía, mas o que era: toda a sua pessoa.
A Quaresma. O jejum
REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI) (Città del Vaticano, Vaticano)Hoje, iniciando a Quaresma, consideramos os quarenta dias de jejum que o Senhor viveu no deserto antes de empreender sua missão pública. Igual que Moisés antes de receber as Tábuas da Lei, ou que Elias antes de se encontrar com o Senhor no monte Horeb, Jesus Cristo orando e fazendo jejum preparou a sua missão, cujo inicio foi um forte enfrentamento com o tentador.
As Sagradas Escrituras e toda a tradição cristã ensinam que o jejum é uma grande ajuda para evitar o pecado e tudo o que induz a ele. Pois o pecado nos oprime a todos, nos oferece o jejum como um meio para recuperar a amizade com o Senhor. No Novo Testamento, Jesus —prevenindo a hipocrisia de alguns fariseus— indica a razão profunda do jejum: comer o “alimento verdadeiro”, que é fazer a vontade do Pai. Em último término, se trataria de jejuar de nossa própria vontade.
—Com o jejum, Senhor, desejo me someter humildemente a ti, confiando na tua bondade e misericórdia.