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Evangelho de hoje + explicação teológica breve
A responsabilidade moral na actividade económica
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)Hoje, somos confrontados com o apelo de Cristo à prudência ("sentar-se primeiro a calcular"), situando-o no contexto da actividade económica, cujas crises globais não são alheias ao "deficit" generalizado de prudência («a ganância é um dos principais perigos», afirmou João Paulo II).
A essência da actividade-acção económica é algo muito simples: precisamos de alocar os nossos recursos (limitados) a finalidades alternativas (não podemos fazer tudo). Este "exercício de alocação" realizamo-lo todos, todos os dias, em todas as nossas actividades (tempo, estudos, compras, escolhemos cônjuge!, etc.). Esta "racionalidade económica" é profundamente ética: onde haja escolha de finalidades, aí há responsabilidade moral (elegemos as finalidades de acordo com a visão que temos do homem).
— A História mostra que este processo de alocação de recursos a finalidades alternativas costuma ser "inconsistente", incoerente: começamos "casas" que não poderemos terminar, ou, simplesmente, tentamos fazer coisas impossíveis e/ou inúteis. E isto a nível pessoal, familiar, empresarial e institucional. O apelo à prudência e à sobriedade é uma exigência ética e de racionalidade económica.