Hoje, na festa de São Marcos, ao escutar o Evangelho e olhando para o apóstolo, não podemos deixar de proclamar com segurança e gratidão, onde está a fonte e em que se baseia a força da nossa palavra: foram-lhe impostos uma presença e um mandato, desde fora, sem coação, mas com a autoridade de quem é digno de todo o crédito: «Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda criatura» (cf. Mc 16,15).

Por outro lado, a nossa palavra não se apresenta como mais uma no mercado das idéias ou das opiniões, antes tem todo o peso das mensagens fortes e definitivas. Da sua aceitação ou recusa dependem a vida ou a morte; e a sua verdade, a sua capacidade de convicção, vem pela via do testemunho, ou seja, aparece confirmada por sinais de poder em favor dos necessitados.

—Então, qual a razão do nosso silêncio? Medo, timidez? Dizia São Justino que «aqueles ignorantes e incapazes de eloquência, persuadiram pela virtude todo o gênero humano».