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Evangelho de hoje + explicação teológica breve

17 de setembro: Santa Hildegarda de Bingen, virgem e doutora da Igreja
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Evangelho (Mt 25,1-13): Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos esta parábola: «O Reino dos Céus será semelhante a dez virgens, que, com sua lâmpada na mão, saíram ao encontro do noivo (…). Como o noivo estava demorando, se adormeceram todas e se dormiram (...)».

Santa Hildegarda de Bingen, virgem e Doutor da Igreja (1098-1179)

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI) (Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje gostaria de iniciar apresentando-vos Santa Hildegarda de Bingen, figura feminina importante da Idade Média, que se distinguiu pela sabedoria espiritual e pela santidade de vida. Hildegarda recebeu o véu do Bispo Otão de Bamberg e em 1136, com a morte da madre Superiora da comunidade, as irmãs de hábito do mosteiro beneditino de São Disibodo chamaram-na para lhe suceder. Desempenhou esta tarefa fazendo frutificar os seus dotes de mulher culta, espiritualmente elevada.

As visões místicas de Hildegarda assemelham-se às dos profetas do Antigo Testamento: exprimindo-se com as categorias culturais e religiosas da sua época, interpretava à luz de Deus as Sagradas Escrituras, aplicando-as às várias circunstâncias da vida. O Papa Eugénio III autorizou a mística a escrever as suas visões e a falar em público. A partir daquele momento o prestígio espiritual de Hildegarda cresceu cada vez mais, a ponto que os contemporâneos lhe atribuíram o título de «profetiza teutónica».

As suas visões místicas utilizam uma linguagem sobretudo poética e simbólica. Na sua obra mais conhecida, denominada “Scivias”, isto é «Conhece as vias», ela resume em trinta e cinco visões os acontecimentos da história da salvação, desde a criação do mundo até ao fim dos tempos. Com os traços característicos da sensibilidade feminina, Hildegarda desenvolve o tema do matrimónio místico entre Deus e a humanidade, realizado na Encarnação. No madeiro da Cruz realizam-se as núpcias do Filho de Deus com a Igreja, sua esposa, cheia de graça e tornada capaz de doar a Deus novos filhos, no amor do Espírito Santo.

—Noutros escritos Hildegarda ocupou-se de medicina e de ciências naturais, inclusive de música, sendo dotada de talento artístico.