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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

17 de setembro: Santa Hildegarda de Bingen, virgem e doutora da Igreja
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Evangelho (Mt 25,1-13): Naquele tempo, Jesus disse a seus discípulos esta parábola: «O Reino dos Céus será semelhante a dez virgens, que, com sua lâmpada na mão, saíram ao encontro do noivo. Cinco delas eram teimosas, e cinco prudentes. As teimosas, de fato, ao ter suas lâmpadas, não puseram óleo; as prudentes, em compensação, junto com suas lâmpadas pegaram o óleo nas alcuzas. Como o noivo estava demorando, se adormeceram todas e se dormiram. Mas à meia noite se ouviu um grito: ‘Já está aqui o noivo! Vão ao seu encontro!’. Então todas aquelas virgens se levantaram e arrumaram suas lâmpadas.

»E as teimosas disseram _às prudentes: ‘Dai-nos do vosso óleo, que nossas lâmpadas se apagam’. Mas as prudentes responderam: ‘Não, não, porque pode ser que não alcance para nós e para vocês; é melhor que vão até os vendedores e comprem’. Enquanto iam comprar, chegou o noivo, e as que estavam preparadas entraram com ele ao banquete de boda, e a porta se fechou. Mais tarde Chegaram as outras virgens dizendo: ‘Senhor, senhor, abra a porta!’. Mas ele respondeu: ‘Na verdade os digo que não os conheço’. Observe, pois, porque não sabes nem o dia nem a hora».

« Já está aqui o noivo! Vão ao seu encontro!»

Rev. D. Ricard CASADESÚS i Castro (La Garriga, Barcelona, Espanha)

Hoje, ao recordarmos Santa Hildegarda de Bingen, lemos a parábola das dez virgens (Mt 25,1-13) que é um bom retrato desta santa e, ao mesmo tempo, um anúncio escatológico da segunda vinda de Cristo.

Jesus diz-nos que devemos estar sempre prontos, cada um com a sua lâmpada acesa, e a provisão para que não se apague. A lâmpada acesa é a imagem da fé pessoal em Jesus Cristo morto e ressuscitado, simbolizada no dia do batismo pela vela acesa pelos nossos padrinhos do círio pascal, que significa a fé da Igreja. Agora somos nós que devemos manter acesa a chama da nossa fé, para que, quando o Senhor vier, nos reconheça pela fé e possamos entrar no banquete celestial. Por essa razão o Papa Francisco exorta a não nos esquecermos do dia do nosso batismo e a celebra-lo, tal como fazemos com o aniversário do nosso nascimento.

Por outro lado, a parábola deixa claro o tipo de virgem que era Santa Hildegarda: «Cinco delas eram... prudentes». De facto, Santa Hildegarda foi uma das virgens que, ao ouvir o clamor «O noivo chegou, ide ao seu encontro!» não duvidou em estar, a todo o momento, preparada para receber o Senhor. Por isso, a Igreja proclamou-a santa, porque «as que estavam preparadas entraram com ele no banquete da boda».

Esta monja beneditina alemã do século XII, com a sua grande inteligência e cultura, soube não só manter a chama da fé sempre acesa, mas também tornar-se uma lâmpada que, como abadessa, iluminava as suas irmãs monjas. Passados 900 anos, continua a ser hoje um farol de conhecimento. Por isso o Papa Benedito XVI proclamou-a «Doutora da Igreja» em 2012.

Durante a sua vida, Santa Hildegarda foi agraciada com visões espirituais e experiências místicas, que escreveu na sua obra ”Scivias”, tais como: «Na criação de todas as coisas introduzi o meu Sopro de tal modo que nenhum ser da criação é efémero na sua espécie, porque Eu sou a vida. Eu sou a vida integra e perfeita».

Se, em vida, recebeu a graça de uma visão beatífica antecipada, com a morte, obteve o dom de poder entrar nas bodas do Cordeiro. Ele dir-nos-ia certamente hoje: «Vigiai, pois, porque não sabeis o dia nem a hora». Agora é a nossa vez: seremos das virgens prudentes ou das insensatas?