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Evangelho de hoje + explicação teológica breve

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Evangelho (Mt 25,14-30): Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: «O Reino dos Céus é também como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens: a um, cinco talentos, a outro, dois e ao terceiro, um —a cada qual de acordo com sua capacidade. Em seguida viajou. O servo que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles e lucrou outros cinco. Do mesmo modo, o que havia recebido dois lucrou outros dois. Mas aquele que havia recebido um só foi cavar um buraco na terra e escondeu o dinheiro do seu senhor. Depois de muito tempo, o senhor voltou e foi ajustar contas com os servos (…)».

São João Damasceno, presbítero e doutor da Igreja (675-749)

REDAÇÃO evangeli.net (elaborado com base nos textos de Bento XVI) (Città del Vaticano, Vaticano)

Hoje gostaria de falar de João Damasceno, uma personalidade de primária importância na história da teologia bizantina. Ele é sobretudo uma testemunha ocular da passagem da cultura cristã grega e síria, compartilhada pela parte oriental do império bizantino, à cultura do islão, que se faz espaço com as suas conquistas militares no território habitualmente reconhecido como Médio ou Próximo Oriente. Mas depressa, amadureceu a escolha monástica, entrando no mosteiro de São Saba, perto de Jerusalém. Estava-se por volta do ano 700. Dedicou-se com todas as forças à ascese e à atividade literária.

Dele recordam-se no Oriente principalmente os três “Discursos contra aqueles que caluniam as santas imagens”, as primeiras tentativas teológicas de legitimação da veneração das imagens sagradas, ligando estas ao mistério da Encarnação do Filho de Deus. Além disso, João Damasceno foi um dos primeiros a distinguir entre “adoração” e “veneração”: «Outrora, Deus nunca fora representado em imagens, uma vez que era incorpóreo e sem rosto. Mas dado que agora Deus foi visto na carne e viveu no meio dos homens, eu represento aquilo que é visível em Deus. Não venero a matéria, mas o criador da matéria».

—Deus fez-se carne, e a carne tornou-se realmente morada de Deus, cuja glória resplandece no rosto humano de Cristo. Portanto, considerada a excelsa dignidade que a matéria recebeu na Encarnação, ela pode tornar-se na fé sinal e sacramento eficaz do encontro do homem com Deus.