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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

Terça-feira da 31ª semana do Tempo Comum
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1ª Leitura (Rom 12,5-16a): Irmãos: Nós, que somos muitos, formamos em Cristo um só corpo e somos membros uns dos outros. Mas possuímos dons diferentes, conforme a graça que nos foi dada. Quem tem o dom da profecia, comunique-o em harmonia com a fé; quem tem o dom do ministério, exerça as funções do ministério; quem tem o dom do ensino, ensine; quem tem o dom de exortar, exorte; quem tem a missão de repartir, faça-o com simplicidade; quem preside, faça-o com zelo; quem exerce misericórdia, faça-o com alegria.

Seja a vossa caridade sem fingimento. Detestai o mal e aderi ao bem. Amai-vos uns aos outros com amor fraterno; rivalizai uns com os outros na estima recíproca. Não sejais indolentes no zelo, mas fervorosos no espírito; dedicai-vos ao serviço do Senhor. Sede alegres na esperança, pacientes na tribulação, perseverantes na oração. Acudi com a vossa parte às necessidades dos cristãos; praticai generosamente a hospitalidade. Bendizei aqueles que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis. Alegrai-vos com os que estão alegres, chorai com os que choram. Vivei em harmonia uns com os outros. Não aspireis às grandezas, mas conformai-vos com o que é humilde.
Salmo Responsorial: 130
R/. Guardai-me junto de Vós, na vossa paz, Senhor.
Senhor, não se eleva soberbo o meu coração, nem se levantam altivos os meus olhos. Não ambiciono riquezas, nem coisas superiores a mim.

Antes fico sossegado e tranquilo, como criança ao colo da mãe. Espera, Israel, no Senhor, agora e para sempre.
Versículo antes do Evangelho (Mt 11,28): Aleluia. Vinde a Mim, todos vós que andais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei, diz o Senhor. Aleluia.
Evangelho (Lc 14,15-24): Tendo ouvido isso, um dos que estavam junto à mesa disse a Jesus: Feliz quem come o pão no Reino de Deus! Ele respondeu: Alguém deu um grande banquete e convidou muitas pessoas. Na hora do banquete, mandou seu servo dizer aos convidados: Vinde! Tudo está pronto. Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: Comprei um campo e preciso ir vê-lo. Peço que me desculpes. Um outro explicou: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las. Peço que me desculpes. Um terceiro justificou: Acabo de me casar e, por isso, não posso ir.

O servo voltou e contou tudo a seu senhor. Então o dono da casa ficou irritado e disse ao servo: Sai depressa pelas praças e ruas da cidade. Traze para cá os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. E quando o servo comunicou: Senhor, o que mandaste fazer foi feito, e ainda há lugar, o senhor ordenou ao servo: Sai pelas estradas e pelos cercados, e obriga as pessoas a entrar, para que minha casa fique cheia. Pois eu vos digo: nenhum daqueles que foram convidados provará do meu banquete

«Sai pelas estradas e pelos cercados, e obriga as pessoas a entrar, para que minha casa fique cheia»

Rev. D. Joan COSTA i Bou (Barcelona, Espanha)

Hoje o Senhor oferece-nos uma imagem da eternidade representada por um banquete. O banquete significa o lugar onde a família e os amigos se encontram juntos, gozando da companhia, da conversa e da amizade à volta da mesma mesa. Esta imagem fala-nos da intimidade com Deus trindade e do gozo que encontraremos na estância do Céu. Tudo o fez para nós, e chama-nos porque tudo está pronto (Lc 14,17). Nos quer com Ele; quer a todos os homens e mulheres do mundo ao seu lado, a cada um de nós.

É necessário, no entanto, que queiramos ir. E apesar de sabermos que é onde melhor se está, porque o céu é a nossa morada eterna, que excede todas as mais nobres aspirações humanas - o que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum jamais pressentiu (1Cor 2,9) e portanto, nada lhe é comparável-; no entanto somos capazes de recusar o convite divino e perder eternamente a melhor oferta que Deus nos podia fazer: participar da sua casa, da sua mesa, da sua intimidade para sempre. Que grande responsabilidade!

Somos, decididamente, capazes de trocar a Deus por qualquer coisa. Uns, como lemos no Evangelho de hoje, por um campo; outros por uns bois. E você e eu, pelo que é que somos capazes de trocar aquele que é o nosso Deus e o seu convite? Há quem por preguiça, por desleixo, por comodidade deixa de cumprir os seus deveres de amor para com Deus. Deus vale tão pouco que o substituímos por qualquer outra coisa? Que a nossa resposta ao oferecimento divino seja sempre um sim, cheio de agradecimento e de admiração.



Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «Na sua clemência, o Senhor convida-nos a todos, mas é a nossa apatia ou o nosso desinteresse que nos afasta d´Ele» (Santo Ambrósio de Milão)

  • «Deus não falha. Ainda hoje encontrará novos caminhos para chamar os homens e quer contar connosco como seus mensageiros e servidores» (Bento XVI)

  • «Pela sua revelação, `Deus invisível, na riqueza do seu amor, fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele´(Concilio Vaticano II). A resposta adequada a este convite é a fé» (Catecismo da Igreja Católica, nº 142)