Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Acendeu-lhes nos corações a sua própria luz e manifestou-lhes a grandeza das suas obras, para que louvem o seu santo nome e O glorifiquem pelas suas maravilhas, proclamando a magnificência das suas obras. Concedeu-lhes o dom do entendimento e deu-lhes como herança a lei da vida. Estabeleceu com eles uma aliança eterna e revelou-lhes a justiça dos seus mandamentos. Os olhos dos homens viram a grandeza da sua glória e os ouvidos ouviram a majestade da sua voz. E disse-lhes: «Guardai-vos de toda a injustiça» e a cada um impôs deveres para com o seu próximo. Os caminhos dos homens estão sempre diante do Senhor e não podem esconder-se aos seus olhos.
Os dias do homem são como o feno: ele desabrocha como a flor do campo; mal sopra o vento desaparece e não mais se conhece o seu lugar.
A bondade do Senhor permanece para sempre sobre aqueles que O temem, sobre aqueles que guardam a sua aliança e se lembram de cumprir os seus preceitos.
«Deixai as crianças virem a mim»
Rev. D. Josep Lluís SOCÍAS i Bruguera (Badalona, Barcelona, Espanha)Hoje, as crianças são notícia. Mais que nunca, as crianças têm muito que dizer, porém que a palavra "criança" significa "aquele que não fala". O vemos nos meios tecnológicos: eles são capazes de fazê-los funcionar, de usá-los e, até, ensinar aos adultos sua correta utilização. Já dizia um articulista que, «apesar de que as crianças não falam, elas pensam».
No fragmento do Evangelho de Marcos encontramos varias considerações. «Algumas pessoas traziam crianças para que Jesus as tocasse. Os discípulos, porém, as repreenderam» (Mc 10,13). Mas o Senhor, a quem no Evangelho lido nos últimos dias o vimos fazer de tudo para todos, com maior certeza se faz com as crianças. Assim, «Vendo isso, Jesus se aborreceu e disse: ‘Deixai as crianças virem a mim. Não as impeçais, porque a pessoas assim é que pertence o Reino de Deus´» (Mc 10,14).
A caridade é ordenada: começa pelo mais necessitado. Quem está, pois, mais necessitado, mais "pobre" do que uma criança? Todo mundo tem direito a aproximar-se a Jesus; e a criança é a primeira que gozara deste direito: «Deixai as crianças virem a mim» (Mc 10,14).
Mas vejamos que, ao acolher aos mais necessitados, nós somos os primeiros beneficiados. Por isto, o Mestre adverte: «Em verdade vos digo: quem não receber o Reino de Deus como uma criança, não entrará nele!» (Mc 10,15). E, correspondendo ao talante simples e aberto das crianças, Ele as «abraçava (...) e, impondo as mãos sobre elas, as abençoava» (Mc 10,16).
Temos de aprender a arte de acolher o Reino de Deus. Quem for como uma criança — como os antigos "pobres de Yaveh"— percebe com facilidade que tudo é um dom, tudo é uma graça. E, para "receber" o favor de Deus, ouvir e contemplar com "silêncio receptivo". Segundo São Inácio de Antioquia, «vale mais calar e ser, do que falar e não ser (...). Aquele que possui a palavra de Jesus pode também, em verdade, escutar o silêncio de Jesus».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«É mais fácil zangar-se do que aguentar, é mais cómodo castigar os rebeldes do que corrigi-los, suportando-os ao mesmo tempo com firmeza e suavidade. Recomendo que imitem a caridade que usava Paulo com os neófitos» (São João Bosco)
«Desde o ventre de sua Mãe, Jesus aceita correr todos os riscos do egoísmo. Hoje também as crianças e os nascituros são ameaçados pelo egoísmo. Também hoje a nossa cultura individualista se recusa a ser fértil, refugia-se numa permissividade que a nivela até abaixo, ainda que o preço dessa não fecundidade seja o sangue inocente» (Francisco)
«Mantém-te na simplicidade, na inocência, e serás como as criancinhas que ignoram o mal, destruidor da vida dos homens» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2517)