Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Socorrerá o pobre que pede auxílio e o miserável que não tem amparo. Terá compaixão dos fracos e dos pobres e defenderá a vida dos oprimidos
Bendito seja o Senhor, Deus de Israel: só Ele faz maravilhas. Bendito para sempre o seu nome glorioso: toda a terra se encha da sua glória.
Mas, no que lhe veio esse pensamento, apareceu-lhe em sonho um anjo do Senhor, que lhe disse: «José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa; o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados». Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: «Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus-conosco». Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa.
«José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)Hoje, a liturgia da palavra convida-nos a considerar o maravilhoso exemplo de São José. Ele foi extraordinariamente sacrificado e delicado com sua noiva Maria.
Não há dúvidas de que ambos eram excelentes pessoas, apaixonados como nenhum outro casal. Mas, também temos que reconhecer que o Altíssimo quis que seu amor esponsalício passasse por circunstâncias muito exigentes.
O Papa são João Paulo II escreveu, que «O cristianismo é a surpresa de um Deus que saiu ao encontro da sua criatura». De fato, foi Ele quem tomou a “iniciativa”; para vir a este mundo, não esperou que tivéssemos merecimentos. Apesar de tudo, Ele propõe, não impõe: quase —diríamos — nos pede “licença”. A Santa Maria propôs — não lhe impôs!— a vocação de Mãe de Deus: «Ele, que tinha o poder de criar tudo a partir de nada, negou-se a refazer o que tinha sido profanado se Maria não participasse» (Santo Anselmo)
Mas Deus não só nos pede licença, mas também contribuição para seus planos, e contribuição heróica. E assim foi o que aconteceu com Maria e José. Em resumo, o Menino Jesus necessitou ter pais. Mais ainda: Necessitou o heroísmo de seus pais, que tiveram que se esforçar muito para defender a vida do “pequeno Redentor”.
O mais bonito é que Maria revelou poucos detalhes do seu parto: um fato tão emblemático está relatado só em dois versículos (cf. Lc 2,6-7). Porém, foi mais explícita ao falar da delicadeza que seu esposo José teve com Ela. O fato foi que «antes de passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do Espírito Santo» (Mt 1,18) e, para não infamá-la, José teria preferido desaparecer discretamente e renunciar ao seu amor (circunstância que a desfavorecia socialmente). Dessa maneira, antes de ter sido promulgada a lei da caridade, São José já a praticou: Maria (e o tratamento justo com ela) foi sua lei.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Ouviste, Virgem, que vais conceber e dar a luz um filho; ouviste que não será por obra de homem, senão por obra do Espírito Santo. Olha que o anjo aguarda a tua resposta. Põe-se nas tuas mãos o preço da nossa salvação; seremos liberados imediatamente se tu consentires» (São Bernardo)
«Deixemo-nos “contagiar” pelo silêncio de São José. ¡É muito necessário para nós! Neste tempo de preparação para o Natal cultivemos o recolhimento interior» (Bento XVI)
«As narrativas evangélicas (157) entendem a conceição virginal como uma obra divina que ultrapassa toda a compreensão e possibilidade humanas (158): ‘O que foi gerado nela vem do Espírito Santo’, diz o anjo a José, a respeito de Maria, sua esposa (Mt 1,20). A Igreja vê nisto o cumprimento da promessa divina feita através do profeta Isaías: ‘Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho» (Is 7, 14), segundo a tradução grega de Mt 1, 23» (Catecismo da Igreja Católica, nº 497)