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Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Disse Caim a seu irmão Abel: «Vamos ao campo». E quando estavam no campo, Caim lançou-se contra seu irmão Abel e matou-o. O Senhor disse a Caim: «Onde está o teu irmão Abel?». Caim respondeu: «Não sei. Sou porventura eu o guarda do meu irmão?». O Senhor disse-lhe: «Que fizeste? A voz do sangue do teu irmão clama da terra por Mim. Agora ficas maldito pela terra, que abriu a boca para receber das tuas mãos o sangue do teu irmão. Ainda que a cultives, não mais te dará a sua fertilidade. Andarás errante e fugitivo sobre a terra».
Caim disse ao Senhor: «O meu castigo é tão grande que não poderei suportá-lo. Se hoje me desterrais daqui, terei de ocultar-me da vossa presença; andarei errante e fugitivo sobre a terra e o primeiro que me encontre me matará». O Senhor respondeu-lhe: «Quem matar Caim será vingado sete vezes». O Senhor colocou um sinal sobre Caim, para que ele não fosse morto por quem o encontrasse. Adão conviveu ainda com a sua esposa e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Set, dizendo: «Deus concedeu-me outro descendente, em lugar de Abel, morto por Caim».
Como falas tanto na minha lei e trazes na boca a minha aliança, tu que detestas os meus ensinamentos e desprezas as minhas palavras?
Sentas-te a falar contra o teu irmão e difamas os filhos da tua mãe. Fizeste isto e Eu calei-me. Pensaste que Eu era como tu, hei-de acusar-te e lançar-te tudo no rosto.
«Em verdade vos digo: nenhum sinal será dado a esta geração!»
Rev. D. Jordi POU i Sabater (Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)Hoje, o Evangelho parece que não nos diz muito, nem sobre Jesus nem sobre nós próprios. «Por que esta geração pede um sinal?» (Mc 8,12). João Paulo II, comentando este episódio da vida de Jesus Cristo diz-nos: «Jesus convida ao discernimento relativamente às palavras e às obras que testemunham (são “sinal de”) a chegada do reino do Pai». Parece que aos Judeus que interrogam Jesus lhes falta a capacidade ou a vontade de pensar no sinal que — de fato— são toda a atuação, obras e palavras do Senhor.
Também hoje em dia se pedem sinais a Jesus: que nos mostre a sua presença no mundo ou que nos diga como devemos atuar. O Papa faz-nos ver que a negação de Jesus Cristo em dar um sinal aos judeus —e, portanto, a nós também— se deve a que quer mudar a lógica do mundo, orientada na procura de signos que confirmem o desejo de auto-afirmação e de poder do homem». Os judeus não queriam um signo qualquer, mas aquele que indicasse que Jesus era o messias que eles esperavam. Não esperavam o que viria para os salvar mas aquele que viria dar segurança às suas visões de como se deveriam fazer as coisas.
Definitivamente, quando os judeus do tempo de Jesus, como também os cristãos de hoje pedimos —de uma forma ou de outra— um sinal, o que fazemos é pedir a Deus que atue à nossa maneira, da forma que julgamos mais correta e, que por isso apoia o nosso modo de pensar. E Deus, que sabe e pode mais (e por isso pedimos no Pai-Nosso que se faça a “sua” vontade), tem os seus caminhos, mesmo que não nos seja fácil compreendê-los. Mas Ele, que se deixa encontrar por todos os que O procuram, também se lhe pedirmos discernimento, nos fará compreender qual é a sua forma de atuar e, como podemos distinguir hoje os seus signos.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Nestas três coisas se conhecerá que a tua boca está cheia em abundância de sabedoria ou de prudência: se confessares de palavra a tua própria iniquidade, se de tu boca sair a ação de graças e o louvor a Deus, e se de ela saem também palavras de edificação» (São Bernardo)
«‘Se és Filho de Deus…’ - Deus é “provado” do mesmo modo que se prova uma mercadoria. A arrogância que quer converter Deus em um objeto e impor-Lhe as nossas condições experimentais de laboratório não pode encontrar Deus» (Bento XVI)
«Os sinais realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou (290). Convidam a crer n'Ele (291) (…). Apesar de os seus milagres serem tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns (295); chega mesmo a ser acusado de agir pelo poder dos demónios (296)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 548)
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