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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus (B)
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1ª Leitura (Os 11,1b.3-4.8c-9): Eis o que diz o Senhor: «Quando Israel era ainda criança, já Eu o amava; do Egipto chamei o meu filho. Eu ensinava Efraim a andar e trazia-o nos braços; mas não compreenderam que era Eu quem cuidava deles. Atraía-os com laços humanos, com vínculos de amor. Tratava-os como quem pega um menino ao colo, inclinava-Me para lhes dar de comer. O meu coração agita-se dentro de Mim, estremece de compaixão. Não cederei ao ardor da minha ira, nem voltarei a destruir Efraim. Porque Eu sou Deus e não homem, sou o Santo no meio de ti e não venho para destruir».
Salmo Responsorial: Is 12
R/. Ireis com alegria às fontes da salvação.
Deus é o meu Salvador, tenho confiança e nada temo. O Senhor é a minha força e o meu louvor, Ele é a minha salvação.

Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação. Agradecei ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai aos povos a grandeza das suas obras, proclamai a todos que o seu nome é santo. Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas, anunciai-as em toda a terra.

Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião: porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.
2ª Leitura (Ef 3,8-12.14-19): Irmãos: A mim, o último de todos os cristãos, foi concedida a graça de anunciar aos gentios a insondável riqueza de Cristo e de manifestar a todos como se realiza o mistério escondido, desde toda a eternidade, em Deus, criador de todas as coisas. E agora é por meio da Igreja, que se dá a conhecer aos principados e potestades celestes a multiforme sabedoria de Deus, realizada, conforme o seu eterno desígnio, em Jesus Cristo, Nosso Senhor. Assim, é pela fé em Cristo que podemos aproximar-nos de Deus com toda a confiança.

Por isso, dobro os joelhos diante do Pai, de quem recebe o nome toda a paternidade nos céus e na terra, para que Se digne, segundo as riquezas da sua glória, armar-vos poderosamente pelo seu Espírito, para que se fortifique em vós o homem interior e Cristo habite pela fé em vossos corações. Assim, profundamente enraizados na caridade, podereis compreender, com todos os cristãos, a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, e assim sejais totalmente saciados na plenitude de Deus.
Versículo antes do Evangelho (Mt 11,29): Aleluia. Tomai o meu jugo sobre vós, diz o Senhor, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração. Aleluia.
Evangelho (Jo 19,31-37): Era o dia de preparação do sábado, e este seria solene. Para que os corpos não ficassem na cruz no sábado, os judeus pediram a Pilatos que mandasse quebrar as pernas dos crucificados e os tirasse da cruz. Os soldados foram e quebraram as pernas, primeiro a um dos crucificados com ele e depois ao outro.

Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água. (Aquele que viu dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro; ele sabe que fala a verdade, para que vós, também, acrediteis). Isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura que diz: «Não quebrarão nenhum dos seus ossos». E um outro texto da Escritura diz: «Olharão para aquele que traspassaram».

«Um soldado golpeou lhe o lado com uma lança»

P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP (San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)

Hoje, oferece-se aos nossos olhos - melhor ainda, aos “olhos interiores”, iluminados pela fé - a figura de Cristo a quem, acabado de morrer na Cruz, o centurião golpeou o lado com uma lança. «E logo saiu sangue e água.» (Jo 19,34). Espectáculo angustiante e, ao mesmo tempo, muito eloquente! Já não há o mínimo lugar para manter a tese de alguns que afirmam tratar-se de uma morte aparente: Jesus está realmente 100% morto. E mais, aquela misteriosa “água”, que não sairia de um corpo saudável, normal, indica-nos, segundo a medicina moderna, que Cristo deve ter morrido por causa de um enfarte ou, como diziam os nossos antepassados, com o coração rebentado. Só nesse caso se verifica a separação entre o soro e os glóbulos vermelhos. Isto explicaria aquele “sangue e água” invulgar.

Portanto, Cristo morreu verdadeiramente, e morreu seja por causa dos nossos pecados seja devido ao seu principal e mais vivo desejo: poder anular os nossos pecados. «Com a minha morte venci a morte e exaltei o homem até à sublimidade do céu» (Melitão de Sardes). Deus, que manteve a promessa de ressuscitar o seu Filho, manterá também a segunda promessa: também nos ressuscitará e nos elevará até à sua própria direita. Mas põe uma condição mínima: crer n’Ele e deixarmo-nos salvar por Ele. Deus não impõe a ninguém o seu amor em detrimento da liberdade humana.

Por fim, sobre aquele Homem que sofreu o golpe da lança no seu coração, «Olharão para aquele que trespassaram» (Jo 19,37), também o Apocalipse nos confirma: «Olhai: Ele vem no meio das nuvens! Todos os olhos o verão, até mesmo os que o trespassaram» (Ap 1,7). Esta é uma sagrada exigência da Justiça divina: finalmente também aqueles que o rejeitaram obstinadamente, terão de O reconhecer. Também o tirano auto-idólatra, o assassino cruel, o ateu soberbo..., todos sem excepção se verão obrigados a ajoelhar-se perante Ele, reconhecendo-O como o verdadeiro, único Deus. Não é melhor, então, ser seus amigos já desde agora?