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Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Tirareis água, com alegria, das fontes da salvação. Agradecei ao Senhor, bendizei o seu nome.
Anunciai aos povos a grandeza das suas obras, proclamai a todos que o seu nome é santo. Cantai ao Senhor, porque Ele fez maravilhas, anunciai-as em toda a terra.
Entoai cânticos de alegria e exultai, habitantes de Sião: porque é grande no meio de vós o Santo de Israel.
Por isso, dobro os joelhos diante do Pai, de quem recebe o nome toda a paternidade nos céus e na terra, para que Se digne, segundo as riquezas da sua glória, armar-vos poderosamente pelo seu Espírito, para que se fortifique em vós o homem interior e Cristo habite pela fé em vossos corações. Assim, profundamente enraizados na caridade, podereis compreender, com todos os cristãos, a largura, o comprimento, a altura e a profundidade do amor de Cristo, que ultrapassa todo o conhecimento, e assim sejais totalmente saciados na plenitude de Deus.
Chegando a Jesus viram que já estava morto. Por isso, não lhe quebraram as pernas, mas um soldado golpeou-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu sangue e água. (Aquele que viu dá testemunho, e o seu testemunho é verdadeiro; ele sabe que fala a verdade, para que vós, também, acrediteis). Isto aconteceu para que se cumprisse a Escritura que diz: «Não quebrarão nenhum dos seus ossos». E um outro texto da Escritura diz: «Olharão para aquele que traspassaram».
«Um soldado golpeou lhe o lado com uma lança»
P. Raimondo M. SORGIA Mannai OP (San Domenico di Fiesole, Florencia, Italia)Hoje, oferece-se aos nossos olhos - melhor ainda, aos “olhos interiores”, iluminados pela fé - a figura de Cristo a quem, acabado de morrer na Cruz, o centurião golpeou o lado com uma lança. «E logo saiu sangue e água.» (Jo 19,34). Espectáculo angustiante e, ao mesmo tempo, muito eloquente! Já não há o mínimo lugar para manter a tese de alguns que afirmam tratar-se de uma morte aparente: Jesus está realmente 100% morto. E mais, aquela misteriosa “água”, que não sairia de um corpo saudável, normal, indica-nos, segundo a medicina moderna, que Cristo deve ter morrido por causa de um enfarte ou, como diziam os nossos antepassados, com o coração rebentado. Só nesse caso se verifica a separação entre o soro e os glóbulos vermelhos. Isto explicaria aquele “sangue e água” invulgar.
Portanto, Cristo morreu verdadeiramente, e morreu seja por causa dos nossos pecados seja devido ao seu principal e mais vivo desejo: poder anular os nossos pecados. «Com a minha morte venci a morte e exaltei o homem até à sublimidade do céu» (Melitão de Sardes). Deus, que manteve a promessa de ressuscitar o seu Filho, manterá também a segunda promessa: também nos ressuscitará e nos elevará até à sua própria direita. Mas põe uma condição mínima: crer n’Ele e deixarmo-nos salvar por Ele. Deus não impõe a ninguém o seu amor em detrimento da liberdade humana.
Por fim, sobre aquele Homem que sofreu o golpe da lança no seu coração, «Olharão para aquele que trespassaram» (Jo 19,37), também o Apocalipse nos confirma: «Olhai: Ele vem no meio das nuvens! Todos os olhos o verão, até mesmo os que o trespassaram» (Ap 1,7). Esta é uma sagrada exigência da Justiça divina: finalmente também aqueles que o rejeitaram obstinadamente, terão de O reconhecer. Também o tirano auto-idólatra, o assassino cruel, o ateu soberbo..., todos sem excepção se verão obrigados a ajoelhar-se perante Ele, reconhecendo-O como o verdadeiro, único Deus. Não é melhor, então, ser seus amigos já desde agora?
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Deste Coração Divino emanam três riachos: o primeiro é o da misericórdia para com os pecadores; o segundo é a da caridade; do terceira emanão o amor e luz para com os seus amigos» (Santa Margarida Alacoque)
« Misericórdia é a palavra que revela o mistério da Santíssima Trindade. Misericórdia: é o acto último e supremo pelo qual Deus vem ao nosso encontro: é o caminho que une Deus e o homem» (Francisco)
«A oração da Igreja venera e honra o Coração de Jesus, tal como invoca o seu Santíssimo Nome. Adora o Verbo encarnado e o seu Coração que, por amor aos homens, Se deixou trespassar pelos nossos pecados (...)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.669)
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