Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
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Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
– Moisés ouviu chorar o povo, agrupado por famílias, cada qual à entrada da sua tenda. A ira do Senhor inflamou-se fortemente e Moisés sentiu um grande desgosto. Dirigiu-se então ao Senhor, dizendo: «Porque tratais mal o vosso servo e não encontrei graça a vossos olhos? Porque me destes o encargo de todo este povo? Porventura fui eu que concebi este povo? Fui eu que o dei à luz, para que me digais: ‘Toma este povo nos braços, como a ama leva a criança ao colo, e leva-o para a terra que Eu jurei dar a seus pais’? Onde poderei encontrar carne para dar a todo este povo, que vem chorar para junto de mim, dizendo: ‘Dá-nos carne para comer’? Não posso sozinho ter o encargo de todo este povo: é excessivamente pesado para mim. Se quereis tratar-me desta forma, dai-me antes a morte. Se encontrei graça a vossos olhos, que eu não veja mais esta desventura!».
Ah, se o meu povo Me escutasse, se Israel seguisse os meus caminhos, num instante esmagaria os seus inimigos, deixaria cair a mão sobre os seus adversários.
Os inimigos do Senhor obedeceriam ao meu povo, tal seria para sempre o seu destino. Alimentaria o meu povo com a flor da farinha e saciá-lo-ia com o mel dos rochedos.
Ao entardecer, os discípulos aproximaram-se dele e disseram: «Este lugar é deserto e a hora já está adiantada. Despede as multidões, para que possam ir aos povoados comprar comida!». Jesus porém lhes disse: «Eles não precisam ir embora. Vós mesmos dai-lhes de comer!». Os discípulos responderam: «Só temos aqui cinco pães e dois peixes». Ele disse: «Trazei-os aqui».
E mandou que as multidões se sentassem na relva. Então, tomou os cinco pães e os dois peixes, ergueu os olhos para o céu e pronunciou a bênção, partiu os pães e os deu aos discípulos; e os discípulos os distribuíram às multidões. Todos comeram e ficaram saciados, e dos pedaços que sobraram recolheram ainda doze cestos cheios. Os que comeram foram mais ou menos cinco mil homens, sem contar mulheres e crianças.
«Ergueu os olhos para o céu...»
Rev. D. Xavier ROMERO i Galdeano (Cervera, Lleida, Espanha)Hoje, o Evangelho toca nossos "esquemas mentais"... Por isso, hoje, como nos tempos de Jesus, podem surgir as vozes dos prudentes para sopesar se vale a pena determinado assunto. Os discípulos, ao ver que se fazia tarde e, como não sabiam como atender àquelas pessoas reunidas em torno de Jesus, encontraram uma saída honrosa: «Que possam ir aos povoados comprar comida!» (Mt 14,15). Não podiam esperar que seu Mestre e Senhor contrariasse esse raciocínio, aparentemente tão prudente, dizendo-lhes: «Vós mesmos dai-lhes de comer!» (Mt 14,16).
Um ditado popular diz: «Aquele que deixa Deus fora de suas contas, não sabe contar». E é verdade, os discípulos —e nós também— não sabemos contar, porque nos esquecemos freqüentemente, de acrescentar o elemento de maior importância na soma: Deus mesmo entre nós.
Os discípulos fizeram bem as contas; contaram com exatidão o número de pães e peixes, mas ao dividi-los mentalmente entre tanta gente, eles obtinham sempre um zero periódico; por isso optaram pelo realismo prudente: «Só temos aqui cinco pães e dois peixes» (Mt 14,17). Não percebem que eles têm a Jesus —verdadeiro Deus e verdadeiro homem— entre eles!
Parafraseando a São Josemaria, não nos seria mal recordar aqui que: «os empreendimentos de apostolado, está certo —é um dever— que consideres os teus meios terrenos (2 + 2 = 4). Mas não esqueças nunca! Que tens de contar, felizmente, com outra parcela: Deus + 2 + 2...». O otimismo cristão não é baseado na ausência de dificuldades, de resistências e de erros pessoais, mas em Deus que nos diz: «Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28,20).
Seria bom se você e eu, quando confrontados com as dificuldades, antes de darmos uma sentença de morte à ousadia e ao otimismo do espírito cristão, contássemos com Deus. Tomara que possamos dizer como São Francisco, naquela oração genial: «Onde houver ódio que eu leve o amor», isto é, onde as contas não baterem, que contemos com Deus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Possivelmente não nos encontremos em situação de dar muito, mas sempre podemos dar a alegria que brota dum coração que ama a Deus» (Santa Teresa de Calcutá)
«Esses poucos pães e peixes, partilhados e abençoados por Deus, foram suficientes para todos. E atenção! Não é magia, mas é um 'sinal': um sinal que convida a ter fé em Deus, Padre providente» (Francisco)
«A sagrada Comunhão do corpo e sangue de Cristo aumenta a união do comungante com o Senhor, perdoa-lhe os pecados veniais e preserva-o dos pecados graves. E uma vez que os laços da caridade entre o comungante e Cristo são reforçados, a recepção deste sacramento reforça a unidade da Igreja, corpo Místico de Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.416)
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