Nosso site usa cookies para melhorar a experiência do usuário e recomendamos aceitar seu uso para aproveitar ao máximo a navegação

Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

Terça-feira da 8ª semana do Tempo Comum
Baixar
1ª Leitura (Si 35,1-12): Cumprir a lei equivale a muitas oferendas, ser fiel aos mandamentos é um sacrifício de salvação. Dar graças é uma oblação de flor de farinha e a esmola é um sacrifício de louvor. O que mais agrada ao Senhor é desviar-se do mal, afastar-se da injustiça é um sacrificio de expiação. Não te apresentes diante do Senhor de mãos vazias, todos estes sacrifícios se oferecem porque são mandados por Deus. A oferenda do justo enriquece o altar e o seu agradável perfume sobe à presença do Altíssimo.

O sacrifício do justo é agradável ao Senhor e o seu memorial não será esquecido. Dá glória ao Senhor com generosidade e não sejas mesquinho nas primícias que ofereces. Em todas as tuas oferendas mostra um rosto alegre e consagra o dízimo de boa vontade. Dá ao Altíssimo conforme Ele te deu, com generosidade, segundo as tuas posses. Porque o Senhor sabe retribuir e te dará sete vezes mais. Não tentes suborná-l’O com presentes, porque não os aceitará. Nem confies num sacrifício injusto, porque o Senhor é juiz e não faz acepção de pessoas.
Salmo Responsorial: 49
R/. A quem segue o caminho recto darei a salvação de Deus.
Reuni os meus fiéis, que selaram a minha aliança com um sacrifício. – Os céus proclamam a sua justiça: o próprio Deus vem julgar.

Ouve, meu povo, que Eu vou falar, contra ti vou testemunhar: Não é pelos sacrifícios que Eu te repreendo, os teus holocaustos estão sempre na minha presença.

Oferece a Deus sacrifícios de louvor e cumpre os votos feitos ao Altíssimo. Honra-Me quem Me oferece um sacrifício de louvor, a quem segue o caminho recto darei a salvação de Deus.
Versículo antes do Evangelho (cf. Mt 11, 25): Aleluia. Bendito sejais, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque revelastes aos pequeninos os mistérios do reino. Aleluia.
Evangelho (Mc 10,28-31): Pedro começou a dizer-lhe: «Olha, nós deixamos tudo e te seguimos». Jesus respondeu: «Em verdade vos digo: todo aquele que deixa casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida — casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, com perseguições — e, no mundo futuro, vida eterna. Muitos, porém, que são primeiros, serão últimos; e muitos que são últimos serão primeiros».

«Todo aquele que deixa casa, por causa de mim e do Evangelho, recebe cem vezes mais agora, durante esta vida ,e, no mundo futuro, vida eterna»

Rev. D. Jordi SOTORRA i Garriga (Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, como aquele amo que ia todas as manhãs à praça procurar trabalhadores para a sua vinha, o Senhor procura discípulos, seguidores, amigos. A sua chamada é universal. É uma oferta fascinante! O Senhor dá-nos confiança. Mas põe uma condição para ser seus discípulos, condição essa que nos pode desanimar: temos que deixar «casa, irmãos, irmãs, mãe, pai, filhos e campos, por causa de mim e do evangelho» (Mc 10,29).

Não há contrapartida? Não haverá recompensa? Isto aporta algum benefício? Pedro, em nome dos Apóstolos, recorda ao Maestro: «Nós deixamos tudo e te seguimos» (Mc 10,28), como querendo dizer: que ganharemos com tudo isto?

A promessa do Senhor é generosa: «recebe cem vezes mais agora, durante esta vida (…); e, no mundo futuro, vida eterna» (Mc 10,30). Ele não se deixa ganhar em generosidade. Mas acrescenta: «com perseguições». Jesus é realista e não quer enganar. Ser seu discípulo, se o formos de verdade, nos trarão dificuldades, problemas. Mas Jesus considera as perseguições e as dificuldades como um prêmio, pois nos fazem crescer, se as soubermos aceitar e vive-las como uma ocasião para ganhar maturidade e responsabilidade. Tudo aquilo que é motivo de sacrifício assemelha-nos a Jesus Cristo que nos salva pela sua morte em Cruz.

Estamos sempre a tempo para revisar a nossa vida e aproximar-nos mais de Jesus Cristo. Estes tempos, todo o tempo permitem-nos —através da oração e dos sacramentos— averiguar se entre os discípulos que Ele procura estamos nós, e veremos também qual deve ser a nossa resposta a esta chamada. Ao lado de respostas radicais (como a dos Apóstolos) há outras. Para muitos, «deixar casa, irmãos, irmãs, mãe…» significará deixar tudo aquilo que nos impeça de viver em profundidade a amizade de Jesus Cristo e, como consequência, ser-lhe seus testemunhos perante o mundo. E isso é urgente, não achas?

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «‘Bem, eu vos garanto que não há ninguém...’. Isso não significa que abandonemos aos nossos pais, deixando-os sem ajuda, ou que nos separemos das nossas esposas, mas antes que prefiramos a honra de Deus a tudo o que é perecível» (Santa Beda, o Venerável)

  • «Não há dúvida de que as formas concretas de seguir a Cristo estão graduadas por Ele proprio segundo as condições, as possibilidades, as missões, os carismas das pessoas e dos grupos» (São João Paulo II)

  • «Porque são membros do Corpo cuja cabeça é Cristo (cf. Ef 1,22), os cristãos contribuem, pela constância das suas convicções e dos seus costumes, para a edificação da Igreja. A Igreja cresce, aumenta e desenvolve-se pela santidade dos seus fiéis, ‘até ao estado do homem perfeito, à medida da estatura de Cristo na sua plenitude’ (Ef 4, 13)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.045)