Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
O Senhor disse a Moisés: «Eu virei ter contigo numa espessa nuvem, para que o povo Me oiça falar contigo e acredite em ti para sempre». Depois Moisés comunicou ao Senhor o que o povo tinha dito. O Senhor disse ainda a Moisés: «Vai ter com o povo e faz que ele se purifique hoje e amanhã. Devem lavar as suas vestes e estar preparados para depois de amanhã, porque ao terceiro dia o Senhor descerá sobre o monte Sinai, à vista de todo o povo».
Ao amanhecer do terceiro dia, houve trovões e relâmpagos; uma espessa nuvem cobria o monte e ouviu-se um fortíssimo som de trombeta. No acampamento, todo o povo estremeceu. Moisés fez que o povo saísse do acampamento ao encontro de Deus e ficaram no sopé do monte. Toda o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele no meio do fogo. O fumo subia como de uma fornalha e todo o monte tremia violentamente. O som da trombeta tornava-se cada vez mais forte: Moisés falava e Deus respondia com voz de trovão. O Senhor desceu sobre o cimo do monte Sinai e chamou Moisés ao cimo do monte.
Bendito sejais no templo santo da vossa glória: digno de louvor e de glória para sempre. Bendito sejais no trono da vossa realeza: digno de louvor e de glória para sempre.
Bendito sejais, Vós que sondais os abismos e estais sentado sobre os Querubins: digno de louvor e de glória para sempre. Bendito sejais no firmamento do céu: digno de louvor e de glória para sempre.
»Felizes são vossos olhos, porque vêem, e vossos ouvidos, porque ouvem! Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, e não viram; desejaram ouvir o que estais ouvindo, e não ouviram».
«Felizes são vossos olhos, porque veem, e vossos ouvidos, porque ouvem!»
Rev. D. Manel MALLOL Pratginestós (Terrassa, Barcelona, Espanha)Hoje, recordamos o “louvor” dirigido por Jesus aos que se juntavam a Ele: «felizes são vossos olhos, porque vêem, e vossos ouvidos, porque ouvem!» (Mt 13,16). E perguntamo-nos: Estas palavras de Jesus dirigem-se também a nós, ou são somente para aqueles que O viram e escutaram directamente? Parece que os felizes são eles, pois tiveram a sorte de conviver com Jesus, de permanecer fisicamente e de modo sensível a seu lado. Enquanto nós estaríamos antes entre os justos e profetas - sem sermos justos, nem profetas! - que gostariam de O ver e ouvir.
Não esqueçamos, porém, que o Senhor se refere aos justos e profetas anteriores à sua vinda, à sua revelação: «Garanto-vos que muitos profetas e justos desejaram ver o que estais vendo, mas não viram» (Mt 10,17). Com Ele chega a plenitude dos tempos, e nós estamos nessa plenitude, já estamos no tempo de Cristo, no tempo da salvação. É verdade que não vimos Jesus com os nossos olhos, mas conhecemo-Lo. E não escutámos a sua voz com os nossos ouvidos, mas sim escutámos e escutaremos as suas palavras. O conhecimento que a fé nos dá, embora não seja sensível, é um conhecimento autêntico, põe-nos em contacto com a verdade e, por isso, nos dá a felicidade e a alegria.
Agradeçamos a nossa fé cristã, contentes com ela. Tentemos que o trato com Jesus seja próximo e não distante, tal como o tratavam aqueles discípulos que estavam junto a Ele, que O viram e ouviram. Não olhemos para Jesus indo do presente ao passado, e sim do presente ao presente, estamos realmente no seu tempo, um tempo que não acaba. A oração - falar com Deus -, e a Eucaristia – recebê-Lo – garantem-nos esta proximidade e fazem-nos realmente felizes ao vê-Lo com olhos e ouvidos de fé. «Recebe, pois, a imagem de Deus que perdeste pelas tuas más obras» (Santo Agostinho).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Porque ao que tem vai se lhe dar. Como se dizer: a aquele que tem desejo e zelo vai se lhe dar tudo o que vem de Deus; pelo contrário, a aquele que está privado de esse desejo e não por de sua parte quanto pode para o conseguir, esse não receberá os dons de Deus» (São João Crisóstomo)
«” Por que lhes falas em parábolas? Para estimular precisamente a decisão, a conversão do coração. As parábolas, por sua natureza, requerem um esforço de interpretação, interpelam a inteligência, mas também a liberdade» (Bento XVI)
«O Reino dos céus foi inaugurado na terra por Cristo. “Resplandece para os homens na palavra, nas obras e na presença de Cristo” (Concilio Vaticano II). A Igreja é o gérmen e o princípio deste Reino (...)» (Catecismo da Igreja Católica, n° 567)