Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
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Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Se algum de vós tem falta de sabedoria, deve pe¬di-la a Deus, que a dá a todos sem reserva nem recriminações, e ela lhe será concedida. Mas deve pedi-la com fé, sem qualquer hesitação, pois aquele que hesita é semelhante às ondas do mar, agitadas pelo vento e lançadas de um para outro lado. Quem é assim não pense que receberá do Senhor coisa alguma, porque é homem de espírito indeciso, inconstante em tudo o que faz. O irmão de condição humilde deve ter muita honra em se ver elevado por Deus e o rico em tomar uma posição modesta, porque passará como a flor do campo. Nasce o sol com os seus ardores e seca a erva; cai a flor e desaparece a sua formosura. Assim murchará o rico nos seus empreendimentos.
Foi bom para mim ter sido atribulado, para aprender os vossos preceitos. Para mim vale mais a lei da vossa boca do que milhões em ouro e prata.
Senhor, eu sei que os vossos juízos são justos e que a vossa fidelidade me põe à prova. Console-me a vossa bondade, segundo a promessa que fizestes ao vosso servo.
«Em verdade vos digo: nenhum sinal será dado a esta geração!»
Rev. D. Jordi POU i Sabater (Sant Jordi Desvalls, Girona, Espanha)Hoje, o Evangelho parece que não nos diz muito, nem sobre Jesus nem sobre nós próprios. «Por que esta geração pede um sinal?» (Mc 8,12). João Paulo II, comentando este episódio da vida de Jesus Cristo diz-nos: «Jesus convida ao discernimento relativamente às palavras e às obras que testemunham (são “sinal de”) a chegada do reino do Pai». Parece que aos Judeus que interrogam Jesus lhes falta a capacidade ou a vontade de pensar no sinal que — de fato— são toda a atuação, obras e palavras do Senhor.
Também hoje em dia se pedem sinais a Jesus: que nos mostre a sua presença no mundo ou que nos diga como devemos atuar. O Papa faz-nos ver que a negação de Jesus Cristo em dar um sinal aos judeus —e, portanto, a nós também— se deve a que quer mudar a lógica do mundo, orientada na procura de signos que confirmem o desejo de auto-afirmação e de poder do homem». Os judeus não queriam um signo qualquer, mas aquele que indicasse que Jesus era o messias que eles esperavam. Não esperavam o que viria para os salvar mas aquele que viria dar segurança às suas visões de como se deveriam fazer as coisas.
Definitivamente, quando os judeus do tempo de Jesus, como também os cristãos de hoje pedimos —de uma forma ou de outra— um sinal, o que fazemos é pedir a Deus que atue à nossa maneira, da forma que julgamos mais correta e, que por isso apoia o nosso modo de pensar. E Deus, que sabe e pode mais (e por isso pedimos no Pai-Nosso que se faça a “sua” vontade), tem os seus caminhos, mesmo que não nos seja fácil compreendê-los. Mas Ele, que se deixa encontrar por todos os que O procuram, também se lhe pedirmos discernimento, nos fará compreender qual é a sua forma de atuar e, como podemos distinguir hoje os seus signos.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Nestas três coisas se conhecerá que a tua boca está cheia em abundância de sabedoria ou de prudência: se confessares de palavra a tua própria iniquidade, se de tu boca sair a ação de graças e o louvor a Deus, e se de ela saem também palavras de edificação» (São Bernardo)
«‘Se és Filho de Deus…’ - Deus é “provado” do mesmo modo que se prova uma mercadoria. A arrogância que quer converter Deus em um objeto e impor-Lhe as nossas condições experimentais de laboratório não pode encontrar Deus» (Bento XVI)
«Os sinais realizados por Jesus testemunham que o Pai O enviou (290). Convidam a crer n'Ele (291) (…). Apesar de os seus milagres serem tão evidentes, Jesus é rejeitado por alguns (295); chega mesmo a ser acusado de agir pelo poder dos demónios (296)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 548)
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