Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
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Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Promulgastes os vossos preceitos para se cumprirem fielmente. Oxalá meus caminhos sejam firmes na observância dos vossos decretos.
Na rectidão de coração Vos darei graças, ao aprender os vossos juízos. Hei-de cumprir os vossos preceitos: não me desampareis jamais.
«Amai os vossos inimigos e orai por aqueles que vos perseguem»
Rev. D. Joan COSTA i Bou (Barcelona, Espanha)Hoje, o Evangelho exorta-nos ao mais perfeito amor. Amar é querer o bem do outro e nisto se baseia a nossa realização pessoal. Não amamos para procurar o nosso bem, mas sim o bem de quem amamos, e assim fazendo crescemos como pessoas. O ser humano, como afirmou o Concílio Vaticano II, «não pode encontrar a sua plenitude senão na entrega sincera de si mesmo aos outros». A isso se referia Santa Teresa do Menino Jesus quando pedia para fazermos da nossa vida um holocausto. O amor é a vocação humana. Todo o nosso comportamento, para ser verdadeiramente humano, deve manifestar a realidade do nosso ser, realizando a vocação do amor. Como escreveu São João Paulo II, «o homem não pode viver sem amor. Ele permanece para si mesmo um ser incompreensível, a sua vida fica privada de sentido se não se lhe revela o amor, se não se encontra com o amor, se não o experimenta e o faz próprio, se não participa nele vivamente».
O amor tem o seu fundamento e a sua plenitude no amor de Deus em Cristo. A pessoa é convidada a um diálogo com Deus. Cada um existe pelo amor de Deus que o criou e pelo amor de Deus que o conserva, «e só pode dizer-se que vive na plenitude da verdade quando reconhece livremente este amor e se confia totalmente ao seu Criador» (Concílio Vaticano II): esta é a razão mais alta da sua dignidade. O amor humano deve, portanto, ser custodiado pelo Amor divino, que é a sua fonte, nele encontra o seu modelo e nele é levado à plenitude. Portanto, o amor, quando é verdadeiramente humano, ama com o coração de Deus e abraça incluso os inimigos. Se não é assim, não se ama de verdade. Daqui decorre que a exigência do dom sincero de si mesmo se torne um preceito divino: «Sede, portanto, perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5,48).
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Oh! Senhor meu, como sois bom!» (Santa Teresa de Jesus)
«Amar os nossos inimigos, os que nos perseguem e nos fazem sofrer, é difícil; nem sequer é um “bom negocio” porque nos empobrece. Mas, este é o caminho indicado e percorrido por Jesus para a nossa salvação» (Francisco)
«Cristo morreu por amor de nós, sendo nós ainda «inimigos». O Senhor pede-nos que, como Ele, amemos até os nossos inimigos, que nos façamos o próximo do mais afastado, que amemos as crianças e os pobres como a Ele próprio» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.825)