Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Abraão insistiu: «Atrevo-me a falar ao meu Senhor, eu que não passo de pó e cinza: talvez para cinquenta justos faltem cinco. Por causa de cinco, destruirás toda a cidade?». O Senhor respondeu: «Não a destruirei se lá encontrar quarenta e cinco justos». Abraão insistiu mais uma vez: «Talvez não se encontrem nela mais de quarenta». O Senhor respondeu: «Não a destruirei em atenção a esses quarenta». Abraão disse ainda: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei mais uma vez: talvez haja lá trinta justos». O Senhor respondeu: «Não farei a destruição, se lá encontrar esses trinta». Abraão insistiu novamente: «Atrevo-me ainda a falar ao meu Senhor: talvez não se encontrem lá mais de vinte justos». O Senhor respondeu: «Não destruirei a cidade em atenção a esses vinte». Abraão prosseguiu: «Se o meu Senhor não levar a mal, falarei ainda esta vez: talvez lá não se encontrem senão dez». O Senhor respondeu: «Em atenção a esses dez, não destruirei a cidade».
Hei-de louvar o vosso nome pela vossa bondade e fidelidade, porque exaltastes acima de tudo o vosso nome e a vossa promessa. Quando Vos invoquei, me respondestes, aumentastes a fortaleza da minha alma.
O Senhor é excelso e olha para o humilde, ao soberbo conhece-o de longe. No meio da tribulação Vós me conservais a vida, Vós me ajudais contra os meus inimigos.
A vossa mão direita me salvará, o Senhor completará o que em meu auxílio começou. Senhor, a vossa bondade é eterna, não abandoneis a obra das vossas mãos.
E Jesus acrescentou: «Imaginai que um de vós tem um amigo e, à meia-noite, o procura, dizendo: ‘Amigo, empresta-me três pães, pois um amigo meu chegou de viagem e nada tenho para lhe oferecer’. O outro responde lá de dentro: ‘Não me incomodes. A porta já está trancada. Meus filhos e eu já estamos deitados, não posso me levantar para te dar os pães’. Digo-vos: mesmo que não se levante para dá-los por ser seu amigo, vai levantar-se por causa de sua impertinência e lhe dará quanto for necessário. Portanto, eu vos digo: pedi e vos será dado; procurai e encontrareis; batei e a porta vos será aberta. Pois todo aquele que pede recebe; quem procura encontra; e a quem bate, a porta será aberta. Algum de vós que é pai, se o filho pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ou ainda, se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o Pai do céu dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem!».
«Jesus estava orando num certo lugar… ‘Senhor, ensina-nos a orar’»
Abbé Jean GOTTIGNY (Bruxelles, Blgica)Hoje, Jesus em oração nos ensina a orar. Prestemos atenção no que sua atitude nos ensina. Jesus Cristo experimenta em muitas ocasiões a necessidade de encontrar-se cara a cara com seu Pai. Lucas, em seu Evangelho, insiste sobre este ponto.
Sobre que falavam naquele dia? Não sabemos. No entanto, em outra ocasião, nos chegou um fragmento de conversação entre seu Pai e Ele. No momento em que foi batizado no rio Jordão, quando estava orando, «E do céu veio uma voz: ‘Tu és o meu filho amado; em ti está meu pleno agrado’» (Lc 3,22). No parêntese de um diálogo ternamente afetuoso.
Quando, no Evangelho de hoje, um dos discípulos, ao observar seu recolhimento, lhe implora que lhes ensine a falar com Deus, Jesus responde: «Quando ores, diga: ‘Pai, santificado seja teu nome…’» (Lc 11,2). A oração consiste em uma conversação filial com esse Pai que nos ama com loucura. Não definia Teresa de Ávila a oração como “uma íntima relação de amizade”: «estando muitas vezes tratando a sós com quem sabemos que nos ama»?
Bento XVI encontra «significativo que Lucas situe o Pai-nosso no contexto da oração pessoal do próprio Jesus. Desta forma, Ele nos faz participar de sua oração; conduz-nos ao interior do diálogo íntimo do amor trinitário; ou seja, levanta nossas misérias humanas até o coração de Deus».
É significativo que, na linguagem cotidiana, a oração que Jesus Cristo nos ensinou se resume nestas duas únicas palavras: «Pai Nosso». A oração cristã é eminentemente filial.
A liturgia católica põe esta oração nos nossos lábios no momento em que nos preparamos para receber o Corpo e o Sangre de Jesus Cristo. As sete petições que permite e a ordem em que estão formuladas nos dão uma ideia da conduta que devemos de manter quando recebamos a Comunhão Eucarística.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Ele quer que eu lhe ame porque me há perdoado, não muito, senão tudo. Não tem esperado a que eu lhe ame muito, senão que tem querido que eu saiba até que ponto Ele me tem amado, para que eu lhe ame a Ele com loucura!» (Santa Teresa de Lisieux)
«O Senhor disse-nos como temos de orar. Lucas põe o “Pai Nosso” em relação com a oração pessoal em Jesus mesmo. Ele nos faz participes de sua própria oração, nos introduz no diálogo interior do Amor trinitário» (Bento XVI)
«Tal oração, que nos vem de Jesus, é verdadeiramente única: é “do Senhor”. Efetivamente, por um lado, nas palavras desta oração o Filho Único dá-nos as palavras que o Pai Lhe deu: Ele é o mestre da nossa oração. Por outro lado, sendo o Verbo encarnado, Ele conhece no seu coração de homem as necessidades dos seus irmão e irmãs humanos e nos as revela: Ele é o modelo da nossa oração.» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2765)