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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

Domingo II (C) do Tempo Comum
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1ª Leitura (Is 62,1-5): Por amor de Sião não me calarei, por amor de Jerusalém não terei repouso, enquanto a sua justiça não despontar como a aurora e a sua salvação não resplandecer como facho ardente. Os povos hão-de ver a tua justiça e todos os reis a tua glória. Receberás um nome novo, que a boca do Senhor designará. Serás coroa esplendorosa nas mãos do Senhor, diadema real nas mãos do teu Deus. Não mais te chamarão «Abandonada», nem à tua terra «Deserta», mas hão-de chamar-te «Predilecta» e à tua terra «Desposada», porque serás a predilecta do Senhor e a tua terra terá um esposo. Tal como o jovem desposa uma virgem, o teu Construtor te desposará; e como a esposa é a alegria do marido, tu serás a alegria do teu Deus.
Salmo Responsorial: 95
R/. Anunciai em todos os povos as maravilhas do Senhor.
Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, terra inteira, cantai ao Senhor, bendizei o seu nome.

Anunciai dia a dia a sua salvação, publicai entre as nações a sua glória, em todos os povos as suas maravilhas.

Dai ao Senhor, ó família dos povos, dai ao Senhor glória e poder, dai ao Senhor a glória do seu nome.

Adorai o Senhor com ornamentos sagrados, trema diante d’Ele a terra inteira; dizei entre as nações: «O Senhor é Rei», governa os povos com equidade.
2ª Leitura (1Cor 12,5-11): Irmãos: Há diversidade de dons espirituais, mas o Espírito é o mesmo. Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. Em cada um se manifestam os dons do Espírito para o bem comum. A um o Espírito dá a mensagem da sabedoria, a outro a mensagem da ciência, segundo o mesmo Espírito. É um só e o mesmo Espírito que dá a um o dom da fé, a outro o poder de curar; a um dá o poder de fazer milagres, a outro o de falar em nome de Deus; a um dá o discernimento dos espíritos, a outro o de falar diversas línguas, a outro o dom de as interpretar. Mas é um só e o mesmo Espírito que faz tudo isto, distribuindo os dons a cada um conforme Lhe agrada.
Versículo antes do Evangelho (2Tes 2,14): Aleluia. Deus chamou-nos, por meio do Evangelho, a tomar parte na glória de Nosso Senhor Jesus Cristo. Aleluia.
Evangelho (Jo 2,1-12): No terceiro dia, houve um casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava lá. Também Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento. Faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse:«Eles não têm vinho!» Jesus lhe respondeu: «Mulher, que é isso, para mim e para ti? A minha hora ainda não chegou». Sua mãe disse aos que estavam servindo: «Fazei tudo o que ele vos disser!».

Estavam ali seis talhas de pedra, de quase cem litros cada, destinadas às purificações rituais dos judeus. Jesus disse aos que estavam servindo: «Enchei as talhas de água!». E eles as encheram até à borda. Então disse: «Agora, tirai e levai ao encarregado da festa”. E eles levaram. O encarregado da festa provou da água mudada em vinho, sem saber de onde viesse, embora os serventes que tiraram a água o soubessem. Então chamou o noivo e disse-lhe: «Todo o mundo serve primeiro o vinho bom e, quando os convidados já beberam bastante, serve o menos bom. Tu guardaste o vinho bom até agora».

Este início dos sinais, Jesus o realizou em Caná da Galiléia. Manifestou sua glória, e os seus discípulos creram nele. Depois disso, Jesus desceu para Cafarnaum, com sua mãe, seus irmãos e seus discípulos. Lá, permaneceram apenas alguns dias.

«A mãe de Jesus estava lá. Também Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento»

Rev. D. Enric PRAT i Jordana (Sort, Lleida, Espanha)

Hoje, contemplamos os efeitos salutares da presença de Jesus e de Maria, Sua Mãe, no centro dos acontecimentos humanos, como no episódio que nos ocupa: «Naquele tempo, houve um casamento em Caná da Galiléia, e a mãe de Jesus estava lá. Também Jesus e seus discípulos foram convidados para o casamento» (Jo 2,1-2).

Jesus e Maria, com intensidade diferente, tornam Deus presente em qualquer lugar onde estejam e, onde está Deus, aí há amor, graça e milagre. Deus é o bem, a verdade, a beleza, a abundância. Quando o sol difunde os seus raios no horizonte, a terra ilumina-se e recebe calor, e toda a vida trabalha para produzir os seus frutos. Quando deixamos que Deus se aproxime, o bem, a paz e a felicidade crescem manifestamente nos corações, até então talvez frios ou adormecidos.

A mediação escolhida por Deus para se fazer presente no meio dos homens e se comunicar profundamente com eles, é Jesus Cristo. A obra de Deus chega ao coração do mundo através da humanidade de Jesus e, depois, através da presença de Maria. Os noivos de Caná pouco sabiam sobre aqueles convidados para a sua boda. O convite correspondia provavelmente a alguma relação de amizade ou parentesco. Naquela altura, Jesus ainda não tinha feito nenhum milagre e desconhecia-se a sua importância.

Aceitou o convite porque é a favor das relações humanas importantes e sinceras e se sentiu atraído pela honestidade e boa disposição daquela família. Por isso, estava presente naquela celebração familiar. «Este início dos sinais, Jesus o realizou em Caná da Galiléia» Jo 2,11) e ali o Messias «abriu o coração dos discípulos à fé graças à intervenção de Maria, a primeira crente» (João Paulo II).

Aproximemo-nos também da humanidade de Jesus, tratando de conhecer e amar, mais e de modo progressivo, a Sua trajetória humana, escutando a Sua palavra, crescendo em fé e confiança, até ver nele o rosto do Pai.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «O coração de Maria, que não pode menos do que sentir compaixão do infeliz (…), impeliu-a a assumir ela própria o ofício de intercessora e a pedir ao Filho o milagre. Se esta boa Senhora obrou assim sem que lhe pedissem, o que teria acontecido se lhe implorassem?» (Sao Afonso Mª de Ligorio)

  • «Maria, propriamente, não faz um pedido a Jesus; simplesmente lhe diz: ‘Eles não têm vinho’. Não lhe pede nada em particular, muito menos que Jesus use o seu poder, que faça um milagre produzindo vinho. Ela simplesmente informa a Jesus e deixa ele decidir o que convém fazer» (Bento XVI)

  • «No umbral da sua vida pública, Jesus realiza o seu primeiro sinal –a pedido da sua Mãe – por ocasião duma festa de casamento (cf. Jo 2,1-11). A Igreja atribui uma grande importância à presença de Jesus nas bodas de Caná. Ela vê nesse facto a confirmação da bondade do matrimónio e o anúncio de que, doravante, o matrimónio seria um sinal eficaz da presença de Cristo» (Catecismo da Igreja Católica, nº 1.613)