Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
De qualquer modo, já é para vós humilhação bastante que tenhais questões uns com os outros. Não seria melhor sofrer uma injustiça e permitir ser defraudado? Mas sois vós que praticais a injustiça e defraudais os outros, e isto com os vossos irmãos! Não sabeis que os injustos não receberão como herança o reino de Deus? Não tenhais ilusões: nem os imorais, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os depravados, nem os pervertidos, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os ébrios, nem os caluniadores, nem os salteadores receberão como herança o reino de Deus. E assim eram alguns de vós. Mas fostes purificados, fostes santificados, fostes justificados em nome do Senhor Jesus Cristo e pelo Espírito do nosso Deus.
Louvem o seu nome com danças, cantem ao som do tímpano e da cítara, porque o Senhor ama o seu povo, coroa os humildes com a vitória.
Exultem de alegria os fiéis, cantem jubilosos em suas casas; em sua boca os louvores de Deus. Esta é a glória de todos os seus fiéis.
Jesus desceu com eles da montanha e parou num lugar plano. Ali estavam muitos dos seus discípulos e uma grande multidão de gente de toda a Judéia e de Jerusalém, e do litoral de Tiro e Sidônia. Vieram para ouvi-lo e serem curados de suas doenças. Também os atormentados por espíritos impuros eram curados. A multidão toda tentava tocar nele, porque dele saía uma força que curava a todos.
«Jesus foi à montanha para orar e passou a noite toda em oração a Deus»
Fray Lluc TORCAL Monje del Monastério de Sta. Mª de Poblet (Santa Maria de Poblet, Tarragona, Espanha)Hoje gostaria de centrar a nossa reflexão nas primeiras palavras deste Evangelho: «Naqueles dias, Jesus foi à montanha para orar. Passou a noite toda em oração a Deus» (Lc 6,12). Introduções como esta podem passar despercebidas na nossa leitura quotidiana do Evangelho mas, —de fato— são da máxima importância. Concretamente, hoje nos dizem que a eleição dos doze apóstolos —decisão central para a vida futura da Igreja— foi precedida por toda uma noite de oração de Jesus, sozinho, perante Deus, seu Pai.
Como era essa oração do Senhor? Do que se infere da sua vida, deveria ser uma prece cheia de confiança no Pai, de total abandono à sua vontade —«não procuro fazer a minha própria vontade, mas a vontade do que me enviou» (Jo 5,30)—, de manifesta união à sua obra de salvação. Apenas desde esta profunda, longa e constante oração, sempre sustentada pela ação do Espírito Santo que, já presente no momento da sua Encarnação, tinha descido sobre Jesus no seu Batismo; apenas assim, dizíamos, o Senhor podia obter a força e a luz necessárias para continuar a sua missão de obediência ao Pai para cumprir a sua obra vicária de salvação dos homens. A eleição subseqüente dos Apóstolos, que como nos recorda São Cirilo de Alexandria, «O próprio Cristo afirma ter-lhes dado a mesma missão que recebera do Pai», mostra-nos como a Igreja nascente foi fruto desta oração de Jesus ao Pai no Espírito e que, portanto, é obra da Santíssima Trindade. «Ao amanhecer, chamou os discípulos e escolheu doze entre eles, aos quais deu o nome de apóstolos» (Lc 6,13).
Oxalá toda a nossa vida de cristãos de — discípulos de Cristo— esteja sempre submersa na oração e continuada por ela.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Procura ser, tu próprio, o sacrifício e o sacerdote de Deus. Não desprezes o que o poder de Deus te deu e te concedeu. Reveste-te com o manto da santidade, faz do teu coração um altar, e assim, confiante em Deus, apresenta o teu corpo ao Senhor como sacrifício» (São Pedro Crisólogo)
«É bonito ver como no grupo dos seus seguidores, todos, a pesar das suas diferenças, conviviam juntos, superando as inimagináveis dificuldades: de facto, o próprio Jesus é a razão dessa coesão, na qual todos se encontram» (Bento XVI)
«Cristo, ao instituir os Doze, «deu-lhes a forma dum corpo colegial, quer dizer, dum grupo estável, e colocou á sua frente Pedro, escolhido de entre eles. Assim como, por instituição do Senhor, Pedro e os outros apóstolos formam um só colégio apostólico, assim de igual modo o pontífice romano, sucessor de Pedro, e os bispos, sucessores dos Apóstolos, estão unidos entre si (Concilio Vaticano II)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 880)