Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Eis o que dirás ao meu servo David: Assim fala o Senhor do Universo: Tirei-te das pastagens onde guardavas os rebanhos, para seres o chefe do meu povo de Israel. Estive contigo em toda a parte por onde andaste e exterminei diante de ti todos os teus inimigos. Dar-te-ei um nome tão ilustre como o nome dos grandes da terra. Prepararei um lugar para o meu povo de Israel e nele o instalarei para que habite nesse lugar, sem que jamais tenha receio e sem que os maus tornem a oprimi-lo como outrora, quando Eu constituía juízes no meu povo de Israel. Farei que vivas seguro de todos os teus inimigos. E o Senhor anuncia que te vai fazer uma casa: Quando chegares ao termo dos teus dias e fores repousar com os teus pais, estabelecerei em teu lugar um descendente que há-de nascer de ti e consolidarei a sua realeza. Ele construirá um palácio ao meu nome e Eu consolidarei para sempre o seu trono real. Serei para ele um pai e ele será para Mim um filho. Se praticar o mal, corrigi-lo-ei com varas de homens, com castigo de homens. Mas não retirarei dele a minha misericórdia, como fiz a Saul que afastei da minha presença. A tua casa e o teu reino permanecerão para sempre diante de Mim. O teu trono será firme para sempre». Natã comunicou fielmente a David todas as palavras desta revelação.
Ele Me invocará: «Vós sois meu pai, meu Deus, meu Salvador». E Eu farei dele o primogénito, o mais alto entre os reis da terra.
Assegurar-lhe-ei para sempre o meu favor, a minha aliança com ele será irrevogável. Conservarei a sua descendência eternamente e o seu trono terá a duração dos céus.
Quando ficaram a sós, os que estavam com ele junto com os Doze faziam perguntas sobre as parábolas. Ele dizia-lhes: «A vós é confiado o mistério do Reino de Deus. Para aqueles que estão fora tudo é apresentado em parábolas, de modo que, por mais que olhem, não enxergam, por mais que escutem, não entendem, e não se convertem, nem são perdoados».
Jesus então perguntou-lhes: «Não compreendeis esta parábola? Como então, compreendereis todas as outras parábolas? O semeador semeia a palavra. Os da beira do caminho onde é semeada a palavra são os que a ouvem, mas logo vem Satanás e arranca a palavra semeada neles. Os do terreno cheio de pedras são aqueles que, ao ouvirem a palavra, imediatamente a recebem com alegria, mas não têm raízes em si mesmos, são de momento; chegando tribulação ou perseguição por causa da palavra, desistem logo. Outros ainda são os que foram semeados entre os espinhos: são os que ouvem a palavra, mas quando surgem as preocupações do mundo, a ilusão da riqueza e os outros desejos, a palavra é sufocada e fica sem fruto. E os que foram semeados em terra boa são os que ouvem a palavra e a acolhem, e produzem frutos: trinta, sessenta e cem por um».
«O semeador semeia a palavra»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)Hoje escutamos dos lábios do Senhor a “Parábola do semeador”. A cena é totalmente atual. O Senhor não deixa de “semear”. Também nos nossos dias é uma multidão a que escuta a Jesus pela boca de seu Vigário — o Papa—, de seus ministros e... de seus fieis laicos: a todos os batizados Cristo nos outorgou uma participação em sua missão sacerdotal. Há “fome” de Jesus. Nunca como agora a Igreja tem sido tão católica, já que sob suas “asas” abriga homens e mulheres dos cinco continentes e de todas as raças. Ele nos enviou ao mundo inteiro (cf. Mc 16,15) e, apesar das sombras do panorama, se fez realidade o mandato apostólico de Jesus Cristo.
O mar, a barca e as praias são substituídos por estádios, telas e modernos meios de comunicação e de transporte. Mas Jesus é hoje o mesmo de ontem. O homem não mudou, nem a sua necessidade de ensinar a amar. Também hoje há quem — por graça e gratuita escolha divina: é um mistério!— recebe e entende mais diretamente a Palavra. Como também há muitas almas que necessitam uma explicação mais descritiva e mais pausada da Revelação.
Em todo caso, a uns e outros, Deus nos pede frutos de santidade. O Espírito Santo nos ajuda a isso, mas não prescinde de nossa colaboração. Em primeiro lugar, é necessária a diligência. Se nós respondemos a meias, quer dizer, se nós mantemos na “fronteira” do caminho sem entrar plenamente nele, seremos vítima fácil de Satanás.
Segundo, a constância na oração — o diálogo—, para aprofundar no conhecimento e amor a Jesus Cristo: «Santo sem oração...? — “Não acredito nessa santidade» (São Josémaria).
Finalmente, o espírito de pobreza e desprendimento evitará que nos “afoguemos” pelo caminho. As coisas esclarecidas: «Ninguém pode servir a dois senhores... » (Mt 6,24).
Em Santa Maria encontramos o melhor modelo de correspondência à chamada de Deus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«O cuidado da nossa alma é muito semelhante ao cultivo da terra: arrancar o que é mau e plantar o que é bom; desarraigar o orgulho e plantar a humildade; deitar fora a avarícia e guardar a misericórdia; desprezar a impureza e cuidar a castidade» (São Cesário de Aries)
«Semear é um gesto de confiança e de esperança; é necessário o trabalho do homem, mas, depois, entra-se no período de gestação sabendo bem que muitos fatores determinarão o êxito da colheita e que sempre se corre o risco do fracasso. Não obstante isto, o camponês, ano após ano, lança as suas sementes» (Bento XVI)
«(…) Um cristão deve querer meditar com regularidade; doutro modo, torna-se semelhante aos três primeiros terrenos da parábola do semeador. Mas um método não passa de um guia; o importante é avançar, com o Espírito Santo, no caminho único da oração: Cristo Jesus» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.707)