Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
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Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
«Vinho novo em odres novos!»
Pe. Joan BUSQUETS i Masana (Sabadell, Barcelona, Espanha)Hoje, lemos uma queixa dos fariseus e de alguns discípulos do Baptista que, escandalizados, perguntam ao Senhor por que os seus não jejuavam. Jesus respondeu-lhes com outra pergunta desconcertante: «Acaso os convidados do casamento podem jejuar enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. Dias virão em que o noivo lhes será tirado. Então, naquele dia jejuarão» (Mc 2,19-20).
Jesus apresenta-se como o noivo enamorado da Humanidade, que convida, não para jejuar, mas para uma festa semelhante a um banquete de casamento, pois Ele trouxe a Boa Nova da salvação. Jesus Cristo identifica-se com a velha imagem dos profetas e dos salmos que apresentam Javé-Deus como um esposo profundamente enamorado da sua esposa, o povo fiel. O profeta Oseias faz-lhe hoje referência: «Desposar-te-ei para sempre; e desposar-te-ei com amor e misericórdia» (Os 2,22).
O Senhor queria dizer que o Reino de Deus era uma nova realidade. Era como uma festa de casamento. Os esquemas da Lei de Moisés já não eram válidos. A novidade do reino que pregava era como um vinho novo. Quando Jesus lhes disse que «Ninguém põe vinho novo em odres velhos, senão o vinho rebenta os odres, e perdem-se o vinho e os odres. Mas, vinho novo em odres novos!» (Mc 2,22), aquela gente entendia-o perfeitamente pois o país de Jesus estava cheio de vinhas.
Hoje, muitos dos nossos conterrâneos não sabem o que é um “odre”. Nunca viram nenhum. Os odres eram umas vasilhas de pele de cabra cosida, untada e esfregada com cola, que serviam para guardar vinho. Se o vinho era novo, tinha tanta força que rebentava com as costuras dos odres velhos. Os camponeses bem o sabiam.
Os fariseus e os seus discípulos eram como uns odres velhos que, de tanto uso, facilmente se descosiam. Estavam apegados à sua rotina. Não podiam admitir a “novidade” da pregação daquele jovem de Nazaré.