Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
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Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Tobias disse então a Rafael: «Irmão Azarias, pede a Raguel que me dê por esposa a minha prima Sara». Raguel ouviu estas palavras e disse ao jovem: «Come e bebe e passa a noite tranquilo, porque ninguém tem mais direito de receber como esposa minha filha Sara, do que tu, meu irmão, nem eu tenho o direito de a conceder a outro, senão a ti, porque és o meu parente mais próximo. Devo contudo dizer-te a verdade, filho: Já a dei a sete maridos da nossa linhagem e todos morreram na noite em que se aproximaram dela. Mas agora, filho, come e bebe».
Tobias, porém, respondeu: «Não comerei nem beberei, antes que resolvas a minha situação». Disse Raguel: «Toma-a desde este momento, segundo a sentença do livro de Moisés. Pelo próprio Céu foi decidido que ela te seja entregue. Leva a tua prima para casa; doravante serás seu irmão e ela tua irmã. A partir de hoje, ela te pertence para sempre. E o Senhor do Céu, meu filho, vos faça felizes esta noite e vos conceda misericórdia e paz». Raguel chamou sua filha Sara e ela aproximou-se. Tomando-a pela mão, entregou-a a Tobias, dizendo: «Recebe-a como esposa, segundo a lei e o decreto do livro de Moisés. Recebe-a e volta com ela são e salvo para casa de teu pai. O Senhor do Céu vos dê boa viagem na sua paz».
Depois chamou a mãe da jovem e disse-lhe que trouxesse papel. Redigiu o contrato matrimonial, pelo qual dava Sara como esposa a Tobias, segundo a sentença da lei de Moisés. Só então começaram a comer e a beber. Raguel chamou sua mulher Edna e disse-lhe: «Irmã, prepara o outro quarto e leva Sara para lá». Ela preparou o quarto, como lhe foi ordenado, e levou para lá sua filha. Chorou por causa dela; mas depois enxugou as lágrimas e disse: «Tem confiança, minha filha. O Senhor do Céu transforme a tua tristeza em alegria. Tem confiança, minha filha». E saiu. Quando acabaram de comer e beber, foram dormir. Acompanharam o jovem ao seu quarto e depois saíram e fecharam a porta.
Então Tobias levantou-se do leito e disse a Sara: «Levanta-te, minha irmã; vamos rezar, pedindo ao Senhor que nos conceda a sua misericórdia e nos salve». Ela levantou-se e começaram a rezar, pedindo ao Senhor que os salvasse. Disse Tobias: «Bendito sois, Deus dos nossos pais. Bendito é o vosso nome por todos os séculos dos séculos. Louvem-Vos os céus e todas as criaturas, por todos os séculos dos séculos. Vós criastes Adão e lhe destes Eva por esposa, como auxílio e amparo; e de ambos nasceu o género humano. Vós dissestes: ‘Não é bom que o homem esteja só; façamos-lhe uma auxiliar semelhante a ele’. Senhor, bem sabeis que não é por paixão, mas com intenção pura, que tomo esta minha prima como esposa. Tende piedade de mim e dela e fazei que cheguemos juntos a uma ditosa velhice». E disseram ambos: «Amen. Amen». Depois deitaram-se para passar a noite.
Tua esposa será como videira fecunda no íntimo do teu lar; teus filhos serão como ramos de oliveira ao redor da tua mesa.
Assim será abençoado o homem que teme o Senhor. De Sião te abençoe o Senhor: vejas a prosperidade de Jerusalém todos os dias da tua vida.
O escriba disse a Jesus: «Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: ‘Ele é único, e não existe outro além dele’. Amar a Deus de todo o coração, com toda a mente e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo, isto supera todos os holocaustos e sacrifícios».
Percebendo Jesus que o escriba tinha respondido com inteligência, disse-lhe: «Tu não estás longe do Reino de Deus». E ninguém mais tinha coragem de fazer-lhe perguntas.
«Não existe outro mandamento maior do que estes»
P. Rodolf PUIGDOLLERS i Noblom SchP (La Roca del Vallès, Barcelona, Espanha)Hoje, um mestre da Lei pergunta a Jesus: «Qual é o primeiro de todos os mandamentos?» (Mc 12,28). A pergunta é capciosa. Em primeiro lugar, porque tenta estabelecer um ranking entre os diversos mandamentos; e, em segundo lugar, porque a pergunta se centra na Lei. É claro, trata-se da pergunta de um mestre da Lei.
A resposta do Senhor desmonta a espiritualidade daquele «mestre da Lei». Toda a atitude do discípulo de Jesus Cristo relativa a Deus fica resumida a um ponto duplo: «Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração» e «e amarás teu próximo como a ti mesmo» (Mc 12,31). O comportamento religioso fica definido na sua relação com Deus e com o próximo; e o comportamento humano, na sua relação com os outros e com Deus. Diz com outras palavras Santo Agostinho: «Ama e faz o que queiras». Ama a Deus e ama os outros, e o resto das coisas será conseqüência desse amor em plenitude.
O mestre da Lei entende-o perfeitamente. E indica que amar a Deus com todo o coração e aos outros como a si próprio «supera todos os holocaustos e sacrifícios» (Mc 12,33). Deus está esperando a resposta de cada pessoa, a entrega plena «de todo o teu coração, com toda a tua alma, com todo o teu entendimento e com toda a tua força» (Mc 12,30) a Ele, que é a Verdade e a Bondade, e a entrega generosa aos outros. Os «sacrifícios e oferendas» apenas fazem sentido na medida em que sejam expressão verdadeira deste duplo amor. E pensar que por vezes utilizamos os “pequenos mandamentos” e “os sacrifícios e oferendas” com uma pedra para criticar ou ferir o outro!
Jesus comenta a resposta do maestro da Lei com um «não estás longe do Reino de Deus» (Mc 12,34). Para Jesus Cristo ninguém que ame os outros acima de tudo está longe do reino de Deus.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Amo-te Senhor, e a única graça que te peço é a de vos amar eternamente... Meu Deus, se a minha língua não pode dizer, a cada momento o quanto vos amo, permite que o meu coração o repita sempre que respiro» (S. João Maria Vianney)
«Se o amor de Deus criou raízes profundas numa pessoa, ela é capaz de amar também aqueles que não o merecem, tal como Deus faz connosco» (Bento XVI)
«Daí se segue que devemos necessariamente aceitar as suas palavras e ter n'Ele uma fé e confiança plenas. É todo-poderoso, clemente, infinitamente propenso a bem-fazer. Quem poderia não pôr n'Ele todas as suas esperanças? E quem seria capaz de não O amar, ao ver os tesouros de bondade e ternura que derramou sobre nós?» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.086)