Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
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Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Disse então Elias aos profetas de Baal: «Escolhei um dos bezerros e preparai-o primeiro, porque sois mais numerosos. Invocai o nome do vosso deus, mas não acendais fogo». Eles tomaram o bezerro e prepararam-no; depois invocaram o nome de Baal, desde a manhã até ao meio-dia, dizendo: «Baal, responde-nos». Mas nenhuma voz, nenhuma resposta se ouvia. Entretanto, eles dançavam dobrando o joelho diante do altar que tinham feito. Ao meio-dia, Elias começou a troçar deles, dizendo: «Gritai mais alto, porque, sendo um deus, pode estar ocupado, em negócios ou em viagem; talvez esteja a dormir, mas acordará». Eles gritavam com mais força e feriam-se com espadas e lanças, segundo o seu costume, até escorrer sangue. Passado o meio-dia, continuaram a profetizar furiosamente até à hora do sacrifício da tarde. Mas nenhuma voz se ouvia, nenhuma resposta, nenhum sinal.
Disse então Elias a todo o povo: «Aproximai-vos de mim». E todo o povo se aproximou dele. Elias reparou o altar do Senhor, que tinham demolido. Tomou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de Jacob, a quem o Senhor dissera: «O teu nome será Israel». Construiu com essas pedras outro altar ao nome do Senhor e fez em volta do altar uma vala que podia levar duas medidas de semente. Depois preparou a lenha, partiu o bezerro em pedaços, colocou-o em cima da lenha e disse: «Enchei quatro bilhas de água e deitai-a sobre a vítima e sobre a lenha». Feito isto, ordenou: «Uma vez mais». E eles assim fizeram pela segunda vez. Depois disse: «Outra vez ainda». E eles assim fizeram pela terceira vez. A água correu em volta do altar e até a vala ficou cheia de água.
À hora do sacrifício da tarde, o profeta Elias aproximou-se e disse: «Senhor, Deus de Abraão, de Isaac e de Israel, mostrai hoje que Vós sois o Deus de Israel, que eu sou o vosso servo e que por vossa ordem realizei tudo isto. Respondei-me, Senhor, respondei-me, para que este povo reconheça que Vós, Senhor, sois o verdadeiro Deus e que converteis os seus corações». Desceu então o fogo do Senhor e devorou a vítima, a lenha, as pedras, a terra, e secou até a água que estava na vala. Ao ver isto, todo o povo se prostrou com a face em terra e, cheia de temor, exclamou: «O Senhor é o verdadeiro Deus! O Senhor é o verdadeiro Deus!».
Os que seguem deuses estranhos redobram as suas penas. Não serei eu a fazer-lhes libações de sangue, nem a invocar seus nomes com os meus lábios.
Senhor, porção da minha herança, está nas vossas mãos o meu destino. O Senhor está sempre na minha presença, com Ele a meu lado não vacilarei.
Dar-me-eis a conhecer os caminhos da vida, alegria plena em vossa presença, delícias eternas à vossa direita.
«Não vim para abolir, mas para cumprir»
Rev. D. Miquel MASATS i Roca (Girona, Espanha)Hoje escutamos do Senhor: «Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas; (...), não vim para abolir, mas para cumprir» (Mt 5,17). No Evangelho de hoje, Jesus ensina que o Antigo Testamento é parte da Revelação divina: Deus no início deu-se a conhecer aos homens através dos profetas. O Povo escolhido reunia-se nos sábados na sinagoga para escutar a Palavra de Deus. Assim como um bom israelita conhecia as Escritura e as punha em prática, aos cristãos convêm a meditação freqüente —diária, se fosse possível— das Escrituras.
Em Jesus temos a plenitude da Revelação. Ele é o Verbo, a Palavra de Deus, que se fez homem (cf. Jo 1,14), que vem a nós para dar-nos a conhecer quem é Deus e quanto nos ama. Deus espera do homem uma resposta de amor, manifestada no cumprimento dos seus ensinos: «Se me amais, observareis os meus mandamentos» (Jo 14,15).
No texto do Evangelho de hoje encontramos uma boa explicação na Primeira Carta de São João: «Pois amar a Deus consiste nisto: que observemos os seus mandamentos. E os seus mandamentos não são pesados» (1Jo 5,3). Observar os mandamentos de Deus garante que lhe amamos com obras e de verdade. O amor não é só um sentimento, senão que —também— pede obras, obras de amor, viver o duplo preceito da caridade.
Jesus nos ensina a malicia do escândalo: «Quem desobedecer a um só destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar os outros, será considerado o menor no Reino dos Céus» (Mt 5,19). ‘Eu conheço a Deus’, mas não observa os seus mandamentos, é mentiroso, e a verdade não está nele» (1Jo2,4).
Também ensina a importância do bom exemplo: «Quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus» (Mt 5,19). O bom exemplo é o primeiro elemento do apostolado cristão.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Um mandato, por mais suave que seja, torna-se duro quando imposto por um coração tirânico e cruel, mas torna-se fácil quando é o Amor quem o ordena» (São Francisco de Sales)
«A lei é a sabedoria. A sabedoria é a arte de ser homem, a arte de poder viver bem e poder morrer bem. E só se pode viver e morrer bem quando a verdade foi recebida e quando a verdade nos mostra o caminho» (Bento XVI)
«O cumprimento perfeito da Lei só podia ser obra do divino Legislador, nascido sujeito à Lei na pessoa do Filho (362). Em Jesus, a Lei já não aparece gravada em tábuas de pedra, mas ‘no íntimo do coração’ (Jr 31,33) (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 580)