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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

13 de janeiro: Santo Hilário de Poitiers, bispo e doutor da Igreja
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Evangelho (Mt 5,13-19): Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa. Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus».

»Não julgueis que vim abolir a lei ou os profetas. Não vim para os abolir, mas sim para levá-los à perfeição. Pois em verdade vos digo: passará o céu e a terra, antes que desapareça um jota, um traço da lei. Aquele que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e ensinar assim aos homens, será declarado o menor no Reino dos céus. Mas aquele que os guardar e os ensinar será declarado grande no Reino dos céus».

«Vós sois a luz do mundo»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, elevamos nossa alma em adoração Àquele que é a fonte da sabedoria. Sim, queremos agradecer pelos sábios que Ele inspirou para amadurecer nossa fé. Hoje celebramos um desses faróis da antiguidade: São Hilário de Poitiers, bispo, conhecido como o "Atanásio do Ocidente". Como diz o hino "Aeterne Sol", "este bem-aventurado homem, mais um no coro dos Doutores, se destaca pela clareza de sua doutrina".

São Hilário é notável pela defesa e afirmação da divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo, em firme oposição aos arianos que negavam esta verdade de fé. Questão fundamental, porque se Cristo não é Deus, de que serve o seu sacrifício na Cruz? Se Ele não é Deus, o que recebemos na Eucaristia? Se Ele não é Deus, quem me garante a ressurreição? Afinal, se Jesus não é Deus - plenamente e verdadeiramente - então a nossa fé é vã e ainda permanecemos no nosso pecado, como diria São Paulo (cf. 1Cor 15,17).

O assunto não era fácil naquele tempo de controvérsia teológico-trinitária. Claro, a geração apostólica internalizou para sempre o mandamento do Senhor de ir por todo o mundo, batizando as pessoas em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo (cf. Mt 28,19). Mas era outra coisa aprofundar - sem diluir - o mistério da Santíssima Trindade, para formulá-lo como o recitamos nos dias festivos (Credo de Niceia-Constantinopla).

São Hilário é um fino precursor do nosso Credo: «Tu, o Deus eterno, és o Pai do Deus eterno unigênito; tu és o único não gerado, e o Senhor Jesus Cristo é o único gerado por ti desde a eternidade, sem negar, por isso, a unicidade divina, nem deixar de proclamar que o Filho foi gerado por ti; tu és um só Deus, confessando, ao mesmo tempo, que Aquele que nasceu de ti, Pai, Deus verdadeiro, é também Deus verdadeiro como tu» (do "Tratado sobre a Trindade").