Uma equipe de 213 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
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Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
«O bom pastor expõe a sua vida pelas ovelhas»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)Hoje a Igreja celebra a memória do Beato Álvaro del Portillo no aniversário da sua Primeira Comunhão. A data escolhida para a celebração litúrgica deste santo pastor, 12 de maio, não é casual: ele viveu apaixonado por Jesus-Eucaristia, desde a sua infância até se ter tornado um venerável bispo.
Como «bom pastor que dá a vida pelas ovelhas» (Jo 10,11), numa carta pastoral (1986), descreveu a Santa Missa com grande beleza e realismo: «Não nos habituemos nunca a celebrar ou a participar no Santo Sacrifício! Uma alma de fé reconhece no Sacrifício do altar o milagre mais extraordinário que se realiza no nosso mundo». É o mais importante! Álvaro nunca se habituou a viver a Missa, nem quando era leigo, nem quando se tornou padre e bispo.
Num período difícil da sua vida, foi incorporado num campo de treino de oficiais e conseguiu obter autorização para ir à missa. Para o fazer, tinha de se levantar muito mais cedo do que os seus companheiros, percorrer um longo caminho até à igreja, na aldeia e regressar a horas. Foi em pleno inverno, com um frio insuportável. O Beato Álvaro não só perseverou no seu propósito, como, no final desse período de acampamento cerda de quarenta dos seus companheiros, acompanhavam-no nesse heroico ato de piedade.
Na citada carta pastoral, dizia ainda: «Assistir à Missa - para os sacerdotes, celebrá-la - significa o mesmo que desprendermo-nos dos laços caducos de lugar e tempo, próprios da nossa condição humana, e colocarmo-nos no cume do Gólgota, junto à Cruz onde Jesus morre pelos nossos pecados».
Gólgota!... Deus concedeu ao Beato um “prémio” especial no final da sua vida: foi em 1994 quando, no final da sua peregrinação à Terra Santa, teve a alegria de celebrar a Missa no chamado “Cenaculuzinho” (muito perto do Cenáculo de Jesus), com grande emoção e piedade. Foi o último ato dessa peregrinação. Poucas horas depois, logo após a chegada a Roma, Deus chamou-o à Sua presença, cheio de gozo pela experiencia vivida naquelas últimas horas e dias. De facto, ao ouvir estes pormenores, o próprio João Paulo II disse: «Que sorte!».