Hoje celebramos São Luis Gonzaga (1568-1591), padroeiro da juventude cristã. Ele - deixando para trás todas as perspectivas oferecidas pelos ancestrais de sua família - entregou-se a Deus quando era muito jovem e deu à sua vida uma reputação de santidade quando tinha apenas 23 anos.

Luís certamente morreu jovem (mais jovem que Jesus Cristo!). Mas qual é a verdadeira "juventude"? Do que ser jovem depende? De tenra idade ou talvez ...? A experiência mostra que existem jovens "mumificados" e, ao mesmo tempo, idosos mais cheios de vitalidade. Segundo o Papa Francisco, "Ser jovem, mais do que uma idade, é um estado do coração". Um exemplo: São João Paulo II, no final de sua vida, apresentou-se como "um jovem de 84 anos". Ele afirmou uma vez que "os velhos são os que não têm projetos". E, de fato, quando esse santo Papa morreu, ele tinha um horário de trabalho completo por até seis meses.

Já se vê que o cálculo dos anos é um critério superficial para criptografar o estado da juventude. Jesus Cristo - "o eternamente jovem" (Papa Francisco) nasceu há mais de 2.000 anos: alguém se atreveria a dizer que Jesus é muito "velho"? Visto da perspectiva sobrenatural - a mais decisiva - e considerada do horizonte da eternidade - a mais definitiva - o que significam 70 anos, 80 ou 2.000? Nada!

Se Cristo ressuscitou, se "Jesus vive", então a escala da juventude é outra: amor, isto é, o próprio Jesus. Aqui está a “nova escala”: «Amai-vos uns aos outros. Como eu vos amei» (Jo 13:34).

Saint Luis teve pouco tempo de caridade quando os jesuítas cuidaram das vítimas de uma epidemia que afetou Roma em 1591. Luis - carregando pacientes pelas costas e tratando-os - contraiu a febre dessa epidemia. Mas a existência terrena dele foi realmente "curta"? Talvez não seja tão curto, já que "a nossa vida na terra atinge a sua plenitude, quando se transforma em oferta" (Papa Francisco).