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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

Quarta-feira da 8ª semana do Tempo Comum
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1ª Leitura (Si 36,1.4-5a.10-17): Tende compaixão de nós, Deus do universo, e mostrai-nos a luz da vossa misericórdia Infundi o vosso temor sobre todas as nações, para que reconheçam, como nós reconhecemos, que não há outro Deus senão Vós, Senhor. Renovai os vossos milagres e fazei novos prodígios, reuni todas as tribos de Jacob e dai-lhes de novo a herança, como no princípio. Tende compaixão do povo chamado pelo vosso nome, de Israel que chamaste primogénito. Tende misericórdia da cidade do vosso santuário, de Jerusalém, o lugar onde habitais. Enchei Sião com a vossa majestade e o templo com a vossa glória. Dai testemunho das vossas primeiras criaturas e realizai as profecias feitas em vosso nome. Dai a recompensa aos que em Vós esperam, para que sejam acreditados os vossos profetas. Ouvi a oração dos vossos servos, por amor do vosso povo, e conduzi-nos pelos caminhos da justiça, e saibam todos os habitantes da terra que Vós sois o Senhor, o Deus dos séculos.
Salmo Responsorial: 78
R/. Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia.
Não recordeis, Senhor, contra nós as culpas dos nossos pais. Corra ao nosso encontro a vossa misericórdia, porque somos tão miseráveis.

Ajudai-nos, ó Deus, nosso salvador, para glória do vosso nome. Salvai-nos e perdoai os nossos pecados, para glória do vosso nome.

Chegue à vossa presença, Senhor, o gemido dos cativos; pela omnipotência do vosso braço, libertai os condenados à morte.

E nós, vosso povo, ovelhas do vosso rebanho, louvar-Vos-emos para sempre e de geração em geração cantaremos a vossa glória.
Versículo antes do Evangelho (Mc 10,45): Aleluia. O Filho do homem veio para servir e dar a vida pela redenção de todos. Aleluia.
Evangelho (Mc 10,32-45): Estavam a caminho, subindo para Jerusalém. Jesus ia à frente, e eles, assombrados, seguiam com medo. Jesus, outra vez, chamou os doze de lado e começou a dizer-lhes o que estava para acontecer com ele: «Estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte e o entregarão aos pagãos. Vão zombar dele, cuspir nele, açoitá-lo e matá-lo, mas três dias depois, ele ressuscitará».

Tiago e João, filhos de Zebedeu, aproximaram-se de Jesus e lhe disseram: «Mestre, queremos que faças por nós o que te vamos pedir». Ele perguntou: «Que quereis que eu vos faça?». Responderam: «Permite que nos sentemos, na tua glória, um à tua direita e o outro à tua esquerda!». Jesus lhes disse: «Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber? Ou ser batizados com o batismo com que eu vou ser batizado?». Responderam: «Podemos». Jesus então lhes disse: «Sim, do cálice que eu vou beber, bebereis, com o batismo com que eu vou ser batizado, sereis batizados. Mas o sentar-se à minha direita ou à minha esquerda não depende de mim; é para aqueles para quem foi preparado».

Quando os outros dez ouviram isso, começaram a ficar zangados com Tiago e João. Jesus então os chamou e disse: «Sabeis que os que são considerados chefes das nações as dominam, e os seus grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deve ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós seja o escravo de todos. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos».

«Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos»

Rev. D. René PARADA Menéndez (San Salvador, El Salvador)

Hoje, o Senhor nos ensina qual deve ser nossa atitude ante a Cruz. O amor ardente à vontade de seu Pai, para consumar a salvação do gênero humano —de cada homem e mulher— lhe move ir depressa a Jerusalém, onde «Aquele, porém, que me renegar diante dos homens, também eu o renegarei diante de meu Pai que está nos céus. “Não penseis que vim trazer paz à terra! Não vim trazer paz, mas sim, a espada» (cf. Mt 10,33-34). Mesmo que às vezes não entendamos ou, inclusive, tenhamos medo ante a dor, o sofrimento ou as contradições de cada jornada, procuremos unir-nos —por amor à vontade salvadora de Deus— com o oferecimento da cruz de cada dia.

A prática constante da oração e os sacramentos, especialmente o da Confissão pessoal dos pecados e o da Eucaristia, acrescentarão em nós o amor a Deus e aos demais por Deus de modo que seremos capazes de dizer «Podemos!» (Mc 10,39), a pesar de nossas misérias, medos e pecados. Sim, poderemos abraçar a cruz de cada dia (cf. Lc 9,23) por amor, com um sorriso; essa cruz que se manifesta no ordinário e cotidiano: a fatiga no trabalho, as dificuldades normais na vida, família e nas relações sociais, etc.

Só se abraçamos a cruz de cada dia, negando nossos gostos para servir aos demais, assim conseguiremos identificar-nos com Cristo, que «Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos» (Mc 10,45). João Paulo II explicava que «o serviço de Jesus chega a sua plenitude com a morte na Cruz, ou seja, com o dom total de si mesmo». Imitemos, pois, a Jesus Cristo, transformando constantemente nosso amor a Ele em atos de serviço a todas as pessoas: ricos ou pobres, com muita ou pouca cultura, jovens o anciãos, sem distinção. Atos de serviço para aproximá-los a Deus e liberá-los do pecado.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «”Verdadeiro Deus " e "Verdadeiro Homem" são harmoniosamente combinados na única pessoa do Senhor. Desta forma, tal como nos era conveniente, o único e o próprio Mediador entre Deus e os homens pôde simultaneamente morrer e ressuscitar» (São Leão Magno)

  • «Se habitualmente o que é impuro infecta o que é puro através do seu contacto, aqui dá-se o contrário. Neste contacto, a imundície do mundo é verdadeiramente anulada, transformada pela dor do amor infinito» (Bento XVI)

  • «Pela sua obediência amorosa ao Pai, até da morte de cruz´ (Fl 2, 8), Jesus cumpriu a missão expiatória do Servo sofredor, quejustifica as multidões, tomando sobre Si o peso das suas faltas (Is 53, 11)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 623)