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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

Quarta-feira da 24ª semana do Tempo Comum
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1ª Leitura (1Tim 3,14-16): Caríssimo: Escrevo-te estas coisas na esperança de ir ter contigo muito em breve. Mas se eu tardar, já sabes como deves proceder na casa de Deus, que é a Igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade. É realmente grande o mistério da piedade: Ele foi manifestado na carne, justificado pelo Espírito, contemplado pelos Anjos, anunciado entre os gentios, acreditado no mundo, exaltado na glória.
Salmo Responsorial: 110
R/. São grandes as obras do Senhor.
Louvarei o Senhor de todo o coração no conselho dos justos e na assembleia. São grandes as obras do Senhor, admiráveis para os que nelas meditam.

A sua obra é esplendor e majestade e a sua justiça permanece eternamente. Instituiu um memorial das suas maravilhas: o Senhor é misericordioso e compassivo.

Deu sustento àqueles que O temem e jamais se esquecerá da sua aliança. Fez ver ao seu povo a força das suas obras, para lhe dar a herança das nações.
Versículo antes do Evangelho (cf. Jo 6, 63c.68c): Aleluia. As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida: Vós tendes palavras de vida eterna. Aleluia.
Evangelho (Lc 7,31-35): Naquele tempo, disse Jesus: «Com quem, então, vou comparar as pessoas desta geração? Com quem são parecidas? São parecidas com crianças sentadas nas praças, que gritam umas para as outras: Tocamos flauta para vós e não dançastes! Entoamos cantos de luto e não chorastes!. Veio João Batista, que não come, nem bebe vinho, e dizeis: Tem um demônio!. Veio o Filho do Homem, que come e bebe, e dizeis: É um comilão e beberrão, amigo de publicanos e de pecadores!. Ora, a sabedoria é reconhecida graças a todos os seus filhos».

«Com quem, então, vou comparar as pessoas desta geração?»

Rev. D. Xavier SERRA i Permanyer (Sabadell, Barcelona, Espanha)

Hoje, Jesus constata a dureza de coração das pessoas de seu tempo, especialmente os fariseus, tão seguros de si mesmos que não há quem os converta. Não se calam nem diante de João Batista, «que não comia pão, nem bebia vinho» (Lc 7,33), e o acusavam de possuir um demônio; tampouco se calam diante do Filho do homem, «que come e bebe», acusando-o de comilão e bêbedo e, «amigo de publicanos e pecadores» (Lc 7,34). Atrás dessas acusações se escondem seu orgulho e arrogância: ninguém lhes vai dar lições; não aceitam a Deus, senão que fazem seu próprio Deus, um Deus que não os mova de suas comodidades, privilégios e interesses.

Nós também temos esse perigo. Quantas vezes criticamos tudo: se a Igreja diz isso, por que diz isso, se diz o contrário... E até mesmo, poderíamos criticar nos referindo a Deus ou aos outros. No fundo, talvez inconscientemente, queremos justificar nossa preguiça e falta de desejo de uma verdadeira conversão, justificar nossa comodidade e falta de docilidade. Disse São Bernardo: «Há algo mais lógico que não ver as próprias chagas, especialmente se as tapou com a finalidade de não poder vê-las? Disso resulta que, ainda que outro as ache, defenda com teimosia que não são chagas, deixando que seu coração se abandone a palavras falsas».

Deixemos que a Palavra de Deus chegue ao nosso coração e nos converta, nos mude, nos transforme com sua força. Mas para isso, peçamos o dom da humildade. Somente o humilde pode aceitar a Deus; e permitir que se aproxime de nós, que como publicanos e pecadores necessitamos que nos cure. Ai daquele que creia que não necessita do médico! O pior para um doente é acreditar-se sadio, porque o mal avançará e nunca será medicado. Todos estamos doentes de morte, e somente Cristo pode nos salvar, sejamos ou não conscientes disso. Demos graças ao Salvador, acolhendo-o como tal!

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • « Não todos podem perceber a sabedoria em toda sua perfeição. A todos, não obstante, se lhes infunde, segundo sua capacidade, o espírito de sabedoria, com tal que tenham fé. Se acreditar, posse o espírito de sabedoria» (Santo Ambrósio)

  • «Fara bem nos perguntar_ como quero ser salvado? Da minha forma? Ou do modo divino, ou seja, na via de Jesus?» (Francisco)

  • «(...) A fé e a prática do Evangelho conferem a cada qual uma experiencia da vida “em Cristo” que o ilumina e o torna capaz de avaliar as realidades divinas e humanas, segundo o Espírito de Deus. Assim, o Espírito Santo pode servir-Se dos mais humildes para iluminar os sábios e os mais elevados em dignidade» (Catecismo da Igreja Católica, n° 2038)