Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
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Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Os caldeus incendiaram o templo de Deus, demoliram as muralhas de Jerusalém, lançaram fogo aos seus palácios e destruíram todos os objectos preciosos. O rei dos caldeus deportou para Babilónia todos os que tinham escapado ao fio da espada; e foram escravos deles e de seus filhos, até que se estabeleceu o reino dos persas. Assim se cumpriu o que o Senhor anunciara pela boca de Jeremias: «Enquanto o país não descontou os seus sábados, esteve num sábado contínuo, durante todo o tempo da sua desolação, até que se completaram setenta anos».
No primeiro ano do reinado de Ciro, rei da Pérsia, para se cumprir a palavra do Senhor, pronunciada pela boca de Jeremias, o Senhor inspirou Ciro, rei da Pérsia, que mandou publicar, em todo o seu reino, de viva voz e por escrito, a seguinte proclamação: «Assim fala Ciro, rei da Pérsia: O Senhor, Deus do Céu, deu-me todos os reinos da terra e Ele próprio me confiou o encargo de Lhe construir um templo em Jerusalém, na terra de Judá. Quem de entre vós fizer parte do seu povo ponha-se a caminho e que Deus esteja com ele».
Aqueles que nos levaram cativos queriam ouvir os nossos cânticos e os nossos opressores uma canção de alegria: «Cantai-nos um cântico de Sião».
Como poderíamos nós cantar um cântico do Senhor em terra estrangeira? Se eu me esquecer de ti, Jerusalém, esquecida fique a minha mão direita.
Apegue-se-me a língua ao paladar, se não me lembrar de ti, se não fizer de Jerusalém a maior das minhas alegrias.
»Ora, o julgamento consiste nisto: a luz veio ao mundo, mas as pessoas amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Pois todo o que pratica o mal odeia a luz e não se aproxima da luz, para que suas ações não sejam denunciadas. Mas quem pratica a verdade se aproxima da luz, para que suas ações sejam manifestadas, já que são praticadas em Deus».
«Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho único»
Rev. D. Joan Ant. MATEO i García (Tremp, Lleida, Espanha)Hoje a liturgia oferece-nos um aroma antecipado da alegria pascal. Os ornamentos do celebrante são rosados. É o do “laetare” que nos convida a uma serena alegria. «Festejai a Jerusalém, alegrai-vos todos os que a amais...», canta a antífona da entrada.
Deus quer que estejamos contentes. A psicologia mais elementar diz-nos que uma pessoa que não vive contente acaba enferma de corpo e espírito. Mas, a nossa alegria deve estar bem fundamentada, deve ser a expressão da serenidade de viver uma vida com pleno sentido. De outra forma, a alegria degeneraria em superficialidade, em tolice. Santa Teresa distinguia acertadamente entre “santa alegria” e “louca alegria”. Esta última é apenas exterior, dura pouco e deixa um sabor amargo.
Vivemos tempos difíceis para a vida da fé. Mas também são tempos apaixonantes. Experimentamos, de certa forma, o exílio babilônico que canta o salmo. Na verdade, também nós podemos viver uma experiência de exílio «chorando a nostalgia de Sion» (Sal 136,1). As dificuldades exteriores e, sobre tudo o pecado, pode levar-nos perto dos rios da Babilônia. Apesar de tudo, temos motivos de esperança e Deus continua dizendo: «Que se me cole a língua ao paladar se não me lembrar de ti» (Sal 136,6).
Podemos viver sempre contentes porque Deus nos ama loucamente, tanto que nos «deu o seu Filho único» (Jo 3,16). Brevemente acompanharemos este Filho único no seu caminho de morte e ressurreição. Contemplaremos o amor Daquele que tanto ama, que se entregou por nós, por ti e por mim. Ficaremos cheios de amor e olharemos Aquele que trespassaram (Jo 19,37), e crescerá em nós uma alegria que ninguém nos poderá tirar.
A verdadeira alegria que ilumina a nossa vida não provem do nosso esforço. São Paulo recorda-nos: não vem de vós, é um dom de Deus, somos obra sua (Col 1,11). Deixemo-nos amar por Deus e amemo-lo, e a alegria será grande na próxima Páscoa e na vida. E não nos esqueçamos de nos deixarmos acariciar e regenerar por Deus com uma boa confissão antes da Páscoa.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Segundo as palavras dirigidas a Nicodemos, Deus dá o seu Filho ao “mundo” para libertar o homem do mal, que traz em si a perspectiva definitiva e absoluta do sofrimento. Esta libertação deve ser realizada pelo Filho unigênito através do seu próprio sofrimento. E nisto manifesta-se o amor infinito: o amor salvífico» (São João Paulo II)
«Sintamos dentro de nós que Deus nos ama verdadeiramente. Esta é a expressão mais simples que resume todo o Evangelho: Deus nos ama com amor gratuito e sem medida» (Francisco)
«O amor de Deus para com Israel é comparado ao amor dum pai para com o seu filho(Os 11,1). Este amor é mais forte que o de uma mãe para com os seus filhos. Deus ama o seu povo, mais que um esposo a sua bem-amada (Is 62,4-5); este amor vencerá mesmo as piores infidelidades; e chegará ao mais precioso de todos os dons: ‘Deus amou de tal maneira o mundo, que lhe entregou o seu Filho Único’ (Jo 3, 16)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 219)
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