Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Quem comete o pecado transgride a lei, porque o pecado é a transgressão da lei. Mas vós sabeis que Jesus Se mani¬festou para tirar os pecados e n’Ele não existe pecado. Quem permanece n’Ele não peca; quem peca não O vê nem O conhece.
Os confins da terra puderam ver a salvação do nosso Deus. Aclamai o Senhor, terra inteira, exultai de alegria e cantai.
Cantai ao Senhor ao som da cítara, ao som da cítara e da lira; ao som da tuba e da trombeta, aclamai o Senhor, nosso Rei.
«Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus»
Rev. P. Higinio Rafael ROSOLEN IVE (Cobourg, Ontario, canad)Hoje, S. João Baptista dá testemunho do Batismo de Jesus. O Papa Francisco recordava que «o Baptismo é o sacramento no qual se alicerça a nossa própria fé, que nos enxerta como membros vivos em Cristo, na sua Igreja»; e acrescentava: «Não é uma formalidade. É um ato que toca profundamente na nossa existência. Uma criança batizada ou uma criança não batizada, não são a mesma coisa. Não é o mesmo uma pessoa estar batizada ou uma pessoa não estar batizada. Nós com o batismo, somos mergulhados nessa fonte inesgotável de vida que é a morte de Jesus, o maior ato de amor de toda a história; e graças a este amor, podemos viver uma vida nova, não já dependentes do mal, do pecado e da morte, mas na comunhão com Deus e com os irmãos».
Acabamos de ouvir os dois efeitos principais do Batismo ensinados no Catecismo da Igreja Católica (n. 1262-1266):
1º «Eis aqui o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo» (Jn 11,29). Uma consequência do Batismo é a purificação dos pecados, ou seja, todos os pecados são perdoados, tanto o pecado original e todos os pecados pessoais, bem como as penas do pecado.
2º «Descida do Espírito Santo», «batiza com o Espírito Santo» (Jn 1,34): o batismo torna-nos “uma nova criação”, filhos adotivos de Deus e partícipes da natureza divina, membros de Cristo, corredentores com Ele e templos do Espírito Santo.
A Santíssima Trindade —Pai, Filho e Espírito Santo— dá-nos a graça santificante, que nos torna capazes de acreditar em Deus, de esperar n´Ele e de O amar; de viver e de obrar sob a inspiração do Espírito Santo mediante os seus dons; de acreditar no bem através das virtudes morais.
Supliquemos, como nos exorta o Papa Francisco, «despertar a memoria do nosso Batismo», «viver cada dia o nosso Batismo, como uma realidade atual na nossa existência».
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Festejemos o dia afortunado no qual, “Quem” era o “Dia” imenso e eterno, descendeu hasta este dia nosso tão breve e temporal. Este transformou-se para nós em redenção» (Santo Agostinho)
«A terra fica restabelecida porque se abre a Deus, e recebe novamente a sua verdadeira luz. O canto dos anjos expressa a alegria porque o céu e a terra encontram-se novamente unidos; porque o homem está unido novamente a Deus» (Bento XVI)
«Depois de ter aceitado dar-Lhe o batismo como aos pecadores (464), João Baptista viu e mostrou em Jesus o ‘Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo’ (465). Manifestou deste modo que Jesus é, ao mesmo tempo, o Servo sofredor, que Se deixa levar ao matadouro sem abrir a boca (466), carregando os pecados das multidões (467), e o cordeiro pascal, símbolo da redenção de Israel na primeira Páscoa (468), Toda a vida de Cristo manifesta a sua missão: ‘servir e dar a vida como resgate pela multidão’ (469)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 608)
Outros comentários
«Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus»
Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret (Vic, Barcelona, Espanha)Hoje, esta passagem do Evangelho de São João imerge-nos plenamente na dimensão testemunhal que lhe é própria. Testemunha é a pessoa que comparece para declarar a identidade de alguém. Pois bem, João apresenta-se-nos como o profeta por excelência, que afirma a centralidade de Jesus. Vejamo-lo sob quatro pontos de vista.
Afirma-a, em primeiro lugar, como um vidente que exorta: «Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo» (Jo 1,29). Fá-lo, em segundo lugar, reiterando convictamente: «É dele que eu falei: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia’ (Jo 1,30). Confirma-o consciente da missão que recebeu: «Vim batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel” (Jo 1,31). E, finalmente, voltando à sua qualidade de vidente, afirma: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, é ele quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi» (Jo 1,33-34).
Perante este testemunho, que conserva dentro da Igreja a mesma energia de há dois mil anos, perguntemo-nos, irmãos: —No meio de uma cultura laicista que nega o pecado, contemplo Jesus como Aquele que me salva do mal moral? —No meio de uma corrente de opinião que vê em Jesus somente um homem religioso extraordinário, creio nele como Aquele que existe desde sempre, antes de João, antes da criação do mundo? —No meio de um mundo desorientado por mil ideologias e opiniões, aceito Jesus como Aquele que dá sentido definitivo à minha vida? —No meio de uma civilização que marginaliza a fé, adoro Jesus como Aquele em Quem repousa plenamente o espírito de Deus?
E uma última pergunta: —O meu “sim” a Jesus é tão profundo que, como João, também eu proclamo aos que conheço e me rodeiam: «Dou-vos testemunho de que Jesus é o filho de Deus!»?