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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

10 de agosto: São Lourenço, diácono e mártir
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1ª Leitura (2Cor 9,6-10): Quem semeia pouco também colherá pouco e quem semeia abundantemente também colherá abundantemente. Dê cada um segundo o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento, porque Deus ama aquele que dá com alegria. E Deus é poderoso para vos cumular de todas as graças, de modo que, tendo sempre e em tudo o necessário, vos fique ainda muito para toda a espécie de boas obras, como está escrito: «Repartiu com largueza pelos pobres; a sua justiça permanece para sempre». Aquele que dá a semente ao semeador e o pão para alimento também vos dará a semente em abundância e multiplicará os frutos da vossa justiça.
Salmo Responsorial: 111
R/. Ditoso o homem de coração bondoso e compassivo.
Feliz o homem que teme o Senhor e ama ardentemente os seus preceitos. A sua descendência será poderosa sobre a terra, será abençoada a geração dos justos.

Ditoso o homem que se compadece e empresta e dispõe das suas coisas com justiça. Este jamais será abalado; o justo deixará memória eterna.

Ele não receia más notícias, seu coração está firme, confiado no Senhor, O seu coração é inabalável, nada teme e verá os adversários confundidos.

Reparte com largueza pelos pobres, a sua generosidade permanece para sempre e pode levantar a cabeça com dignidade.
Versículo antes do Evangelho (Jo 8,12): Aleluia. Quem Me segue não anda nas trevas, mas terá a luz da vida, diz o Senhor. Aleluia.
Evangelho (Jo 12,24-26): Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: «Em verdade, em verdade, vos digo: se o grão de trigo que cai na terra não morre, fica só. Mas, se morre, produz muito fruto. Quem se apega à sua vida, perde-a; mas quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida eterna. Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estiver, estará também aquele que me serve. Se alguém me serve, meu Pai o honrará».

«Se alguém quer me servir, siga-me, e onde eu estiver, estará também aquele que me serve»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, a Igreja por meio da Liturgia Eucarística que celebra o mártir romano São Lourenço nos lembra que «Existe um testemunho de coerência que todos os cristãos devem estar dispostos a dar cada dia, inclusive a custa de sofrimentos e de grandes sacrifícios» (S. João Paulo II).

A Lei Moral é santa e inviolável. Esta afirmação, certamente, contrasta com o ambiente relativista que impera em nossos dias, onde com facilidade cada um adapta as exigências éticas à própria comodidade pessoal ou às suas próprias debilidades. Não encontraremos ninguém que diga: Eu sou imoral; Eu sou um inconsciente; Eu sou uma pessoa sem verdade... Qualquer pessoa que dissesse isso se desqualificaria a si mesma imediatamente.

Mas a pergunta relevante seria: de que moral, de que consciência e de que verdade estamos falando? É evidente que a paz e a sadia convivência sociais não se podem basear em uma moral à la carte, onde cada um tira conforme lhe pareça, sem levar em conta as inclinações e as aspirações que o Criador dispôs para nossa natureza. Esta moral, longe de nos conduzir por «caminhos seguros» para os «verdes prados» que o Bom Pastor deseja para nós (cf. Sal 23, 1-3), nos levaria irremediavelmente às areias movediças do relativismo moral, onde absolutamente tudo se pode pactuar e justificar.

Os mártires são testemunhas inapeláveis da santidade da lei moral: há exigências de amor básicas que não admitem nunca exceções nem adaptações. De fato, «Na Nova Aliança encontram-se numerosas testemunhas de seguidores de Cristo que (...) aceitaram as perseguições e a morte antes de fazer o gesto idólatra de queimar incenso diante a estátua do Imperador (S. João Paulo II).

No ambiente da Roma do imperador Valeriano, o diácono «São Lourenço amou a Cristo na vida, imitou a Cristo na morte» (Santo Agostinho). E, uma vez mais, cumpriu-se que «quem não faz conta de sua vida neste mundo, há de guardá-la para a vida eterna» (Jo 12, 25). Felizmente para nós, a memória de São Lourenço, ficará para sempre, como sinal de que o seguimento de Cristo merece que se dê a própria vida e, não admitir frívolas interpretações do seu caminho.

Pensamentos para o Evangelho de hoje

  • «São Lourenço amou Cristo durante a sua vida, imitou-o na sua morte. A melhor prova que podemos dar do nosso amor é imitar o seu exemplo, porque Cristo sofreu por nós, deixando-nos um exemplo para que possamos seguir as suas pegadas» (Santo Agostinho)

  • «Ao diácono Lorenzo, como responsável pela assistência aos pobres de Roma, lhe foi dado um certo tempo para recolher os tesouros da Igreja e entregá-los às autoridades. Lorenzo distribuiu o dinheiro disponível aos pobres e depois os apresentou às autoridades como o verdadeiro tesouro da Igreja» (Bento XVI)

  • «Outra dificuldade, especialmente para os que querem rezar com sinceridade, é a aridez (...). Se a aridez for devida à falta de raiz, por a Palavra ter caído em terreno pedregoso, o combate entra no campo da conversão» (Catecismo da Igreja Católica, nº 2.731)