Uma equipe de 213 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
213 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
A piedade é realmente uma fonte de lucro para quem se contenta com o que tem. Nada trouxemos para este mundo e nada podemos levar dele. Se tivermos que comer e que vestir, estaremos contentes. Mas aqueles que querem enriquecer caem em ciladas e tentações e em muitos desejos insensatos e funestos, que mergulham os homens na ruína e na perdição. O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; alguns, ao tentarem alcançá-lo, transviaram-se da fé e atraíram sobre si muitos sofrimentos. Mas tu, homem de Deus, evita tudo isso. Pratica a justiça e a piedade, a fé e a caridade, a perseverança e a mansidão. Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para a qual foste chamado e sobre a qual fizeste tão bela profissão de fé perante numerosas testemunhas.
O homem não pode pagar o seu resgate, não pode pagar a Deus a sua redenção. É muio caro o resgate da sua vida e ele nunca pagará o suficiente, para prolongar indefinidamente a sua vida e não experimentar a corrupção da morte.
Não te irrites se alguém enriquece e aumenta a riqueza da sua casa. Quando morrer, nada levará consigo, a sua fortuna não o acompanhará.
Ainda que em vida se felicitasse: «Louvar-te-ão porque trataste bem de ti», não deixará de ir para a companhia de seus pais, que jamais verão a luz.
«Os Doze iam com ele, e também algumas mulheres»
Cardenal Raniero CANTALAMESSA (Città del Vaticano, Vaticano)Hoje admiramos as mulheres que seguiram Jesus por Ele mesmo, por gratidão pelo bem que d’Ele tinham recebido («tinham sido curadas de espíritos malignos e de doenças»). Não O seguiam na esperança de fazer carreira depois. Este é um dos sinais mais seguros da honestidade e da credibilidade histórica dos Evangelhos: o papel modesto que neles desempenham os autores e inspiradores dos Evangelhos, e o papel magnífico que é atribuído às mulheres.
A sua presença junto do Crucificado e do Ressuscitado contém para nós uma lição vital. A nossa civilização, dominada pela técnica, precisa de um coração para que o homem possa nela sobreviver sem se desumanizar totalmente. Temos de dar mais espaço às razões do coração, se quisermos evitar que o nosso planeta colapse espiritualmente numa era glacial.
Não é difícil compreender porque estamos tão ansiosos em aumentar os nossos conhecimentos e tão pouco em aumentar a nossa capacidade de amar: o conhecimento traduz-se automaticamente em poder, o amor em serviço. «A ciência envaidece, ao passo que a caridade edifica» (1Cor 8,1).
Na verdade, nenhuma mulher esteve envolvida, nem sequer indiretamente, na condenação de Jesus Cristo. Até a única mulher pagã mencionada nos relatos, a esposa de Pilatos, se dissociou da sua condenação (cf. Mt 27,19). É certo que Jesus morreu também pelos pecados das mulheres, mas historicamente só elas podem verdadeiramente dizer: «Eu não sou responsável pelo sangue deste homem» (Mt 27,24).
Sempre nos perguntámos porque é que as santas mulheres foram as primeiras a ver o Ressuscitado e porque lhes foi confiada a missão de O anunciar aos apóstolos. A verdadeira resposta é esta: elas foram as primeiras a ver o Ressuscitado porque tinham sido as últimas a abandoná-Lo morto e, mesmo depois da morte, foram levar aromas ao seu sepulcro (cf. Mc 16,1).
Com elas estava Santa Maria: as mães não abandonam um filho, nem sequer condenado à morte.
(Da pregação da Sexta-feira Santa de 2007, na Basílica de São Pedro)
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«É melhor para um homem confessar as suas quedas, do que endurecer o seu coração» (São Clemente de Roma)
«Diante do costume judeu da época, que considerava às mulheres seres de segunda categoria, Cristo inicia um tipo de emancipação da mulher» (Bento XVI)
«Desde as origens da Igreja, houve homens e mulheres que se propuseram, pela prática dos conselhos evangélicos, seguir mais livremente Cristo e imitá-Lo de modo mais fiel. Cada qual a seu modo. Levaram uma vida consagrada a Deus (…)» (Catecismo da Igreja Católica, nº 918)
Outros comentários
«Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus»
Rev. D. Jordi PASCUAL i Bancells (Salt, Girona, Espanha)Hoje, vemos no Evangelho o que seria uma jornada cotidiana dos três anos da vida pública de Jesus. São Lucas nos narra-o com poucas palavras: «Jesus percorria cidades e povoados proclamando e anunciando a Boa Nova do Reino de Deus» (Lc 8,1). É o que contemplamos no terceiro mistério de luz do Santo Rosário.
Comentando este mistério diz o Papa são João Paulo II: «Mistério de luz é a predicação com a que Jesus anuncia a chegada do Reino de Deus e convida à conversão, perdoando os pecados de quem se aproxima a Ele com fé humilde, iniciando assim o mistério da misericórdia que Ele continuará exercendo até o fim do mundo, especialmente através do sacramento da Reconciliação confiado à Igreja».
Jesus continua passando perto de nós, oferecendo-nos seus bens sobrenaturais: quando fazemos oração, quando lemos e meditamos o Evangelho para conhecê-lo e amá-lo mais e imitar sua vida, quando recebemos algum sacramento, especialmente a Eucaristia e a Penitência, quando dedicamo-nos com esforço e constância ao trabalho de cada dia, quando tratamos com a família, os amigos ou vizinhos, quando ajudamos àquela pessoa necessitada material e espiritualmente, quando descansamos ou nos divertimos... Em todas essas circunstâncias podemos encontrar a Jesus e segui-lo como aqueles doze e aquelas santas mulheres.
Mas, além disso, cada um de nós é chamado por Deus a ser também Jesus que passa, para falar -com nossas obras e nossas palavras- a quem tratamos sobre a fé que enche de sentido a nossa existência, da esperança que nos move a seguir adiante pelos caminhos da vida confiados do Senhor e, da caridade que guia todo nosso agir.
A primeira em seguir Jesus e em ser Jesus é María. Que Ela com seu exemplo e sua intercessão nos ajude!