Uma equipe de 200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
200 sacerdotes te comentam o Evangelho do dia
Meditando o Evangelho de hoje
Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)
Ele será juiz no meio das nações e árbitro de povos sem número. Converterão as espadas em relhas de arado e as lanças em foices. Não levantará a espada nação contra nação, nem mais se hão-de preparar para a guerra. Vinde, ó casa de Jacob, caminhemos à luz do Senhor.
Para lá sobem as tribos, as tribos do Senhor, segundo o costume de Israel, para celebrar o nome do Senhor; ali estão os tribunais da justiça, os tribunais da casa de David.
Pedi a paz para Jerusalém: «Vivam seguros quantos te amam. Haja paz dentro dos teus muros, tranquilidade em teus palácios».
Por amor de meus irmãos e amigos, pedirei a paz para ti. Por amor da casa do Senhor, pedirei para ti todos os bens.
»Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor. «Ficai certos: se o dono de casa soubesse a que horas da noite viria o ladrão, vigiaria e não deixaria que sua casa fosse arrombada. Por isso, também vós, ficai preparados! Pois na hora em que menos pensais, virá o Filho do Homem».
«Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor»
Mons. José Ignacio ALEMANY Grau, Bispo Emérito de Chachapoyas (Chachapoyas, Peru)Hoje, «como no tempo de Noé», as pessoas comem e bebem, homens e mulheres casam-se, com a agravante de se “casarem” homem com homem e mulher com mulher (cf. Mt 24,37-38). Mas, como no tempo do patriarca Noé, também há santos no mesmo escritório e à mesma secretária que os outros. Um deles será levado e o outro deixado porque virá o Juiz Justo.
Devemos vigiar porque «só quem está acordado não será apanhado de surpresa» (Bento XVI). Devemos estar preparados com o amor aceso no coração, como a lamparina das virgens prudentes. Trata-se precisamente disto: chegará o momento em que se ouvirá: «Aí vem o noivo!» (Mt 25,6), Jesus Cristo!
A sua chegada é sempre motivo de alegria para quem leva a lamparina acesa no coração. A sua vinda é parecida com a de um pai de família que mora num país distante e escreve aos seus: - Quando menos esperarem, eu apareço por aí. A partir desse dia tudo é alegria naquele lar: Vem aí o Papá! Os nossos modelos, os Santos, viveram assim, “à espera do Senhor”.
O Advento é para aprender a esperar, com paz e com amor, o Senhor que vem. Nada do desespero ou impaciência que caracteriza o homem deste tempo. Santo Agostinho dá uma boa receita para esperar: «Como for a sua vida, assim será a sua morte». Se esperarmos com amor, Deus encherá o nosso coração e saciará a nossa esperança.
Vigiai, portanto, pois não sabeis em que dia virá o vosso Senhor (cf. Mt 24,42). Casa limpa, coração puro, pensamentos e afectos ao estilo de Jesus. Bento XVI explica: «Vigiar significa seguir o Senhor, escolher o que Cristo escolheu, amar o que Ele amou, ajustar a própria vida à sua». Então virá o Filho do homem... E o Pai acolher-nos-á em seus braços por nos parecermos com o seu Filho.
Pensamentos para o Evangelho de hoje
«Como seja sua vida, assim será sua morte» (Santo Agostinho)
«” Vigiai!”. É uma exortação saudável a recordar-nos que a vida não tem só a dimensão terrena, mas está projetada para um “além”, como uma pequena planta que germina da terra e se abre para o céu» (Bento XVI)
«A Igreja, particularmente no Advento, na Quaresma e, especialmente, na noite de Páscoa, relê e revive todos esses grandes acontecimentos da história da salvação no “hoje” de sua liturgia» (Catecismo da Igreja Católica, n° 1095)
Outros comentários
«Nos dias antes do dilúvio, todos comiam e bebiam (...)Vigiai, portanto, (...)também vós, ficai preparados!»
Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)Hoje, neste Domingo, ao começar o tempo do Advento, inauguramos também um novo ano litúrgico. Podemos tomar esta circunstância como um convite a renovar-nos em algum aspecto de nossa vida (espiritual, familiar, etc.).
De fato, necessitamos viver a vida, dia a dia, mês a mês, com um ritmo e uma ilusão renovados. Assim, afastamos o perigo da rotina e do tédio. Este sentido de renovação permanente é a melhor maneira de ficar alerta[s]. Sim, devemos estar alerta[s]! É uma das mensagens que o Senhor nos transmite através das palavras do Evangelho de hoje.
Há que ficar alerta, em primeiro lugar, porque o sentido da vida terrena é o de uma preparação para a vida eterna. Este tempo de preparação é um dom e uma graça de Deus: Ele não quer impor-nos o seu amor nem o céu; quer-nos livres (que é o único modo de amar). Preparação que não sabemos quando acabará: «Anunciamos o advento de Cristo e, não somente um, senão também outro, o segundo (...), porque este mundo de agora acabará» (São Cirilo de Jerusalém). Há que se esforçar por manter a atitude de renovação e de ilusão.
Em segundo lugar, convém estar alerta porque a rotina e a acomodação são incompatíveis com o amor. No Evangelho de hoje, o Senhor lembra como nos tempos de Noé «comiam e bebiam» e «nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou todos» (Mt 24,38-39). Estavam “entretidos” e, — já o dissemos— que a nossa passagem pela terra há de ser um tempo de “namoro” para o amadurecimento de nossa liberdade: o dom que nos foi outorgado não para libertar-nos dos outros, mas para nos entregarmos aos outros.
«A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé» (Mt 24,37). A vinda de Deus é o grande acontecimento. Disponhamo-nos a acolhê-lo com devoção: “Vinde Senhor Jesus!».
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