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Meditando o Evangelho de hoje

Evangelho de hoje + homilía (de 300 palavras)

29 de abril: Santa Catarina de Sena, virgem e doutora da Igreja, padroeira da Europa
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1ª Leitura (1Jo 1, 5-2, 2): Caríssimos: Esta é a mensagem que ouvimos de Jesus Cristo e vos anunciamos: Deus é luz e n’Ele não há trevas. Se dissermos que estamos em comunhão com Ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade. Mas se caminharmos na luz, como Ele vive na luz, estamos em comunhão uns com os outros e o sangue de Jesus, seu Filho, purifica-nos de todo o pecado. Se dissermos que não temos pecado, enganamo-nos a nós mesmos e a verdade não está em nós. Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo, para nos perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda a maldade. Se dissermos que não pecamos, fazemos d’Ele um mentiroso e a sua palavra não está em nós.

Meus filhos, escrevo-vos isto, para que não pequeis. Mas se alguém pecar, nós temos Jesus Cristo, o Justo, como advogado junto do Pai. Ele é a vítima de propiciação pelos nossos pecados, e não só pelos nossos, mas também pelos do mundo inteiro.
Salmo Responsorial: 102
R/. Bendiz, ó minha alma, o Senhor.
Bendiz, ó minha alma, o Senhor, e todo o meu ser bendiga o seu nome santo. Bendiz, ó minha alma, o Senhor e não esqueças nenhum dos seus benefícios.

Ele perdoa todos os teus pecados e cura as tuas enfermidades. Salva da morte a tua vida e coroa-te de graça e misericórdia.

O Senhor é clemente e compassivo, paciente e cheio de bondade. Não está sempre a repreender, nem guarda ressentimento.

Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem. Ele sabe de que somos formados e não Se esquece de que somos pó da terra.

A bondade do Senhor permanece eternamente sobre aqueles que O temem e a sua justiça sobre os filhos dos seus filhos, sobre aqueles que guardam a sua aliança.
Versículo antes do Evangelho (Mt 11,25): Aleluia. Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. Aleluia.
Evangelho (Mt 11,25-30): Naquele tempo, Jesus pronunciou estas palavras: «Eu te bendigo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos. Sim, Pai, eu te bendigo, porque assim foi do teu agrado. Todas as coisas me foram dadas por meu Pai; ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho quiser revelá-lo.

»Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei. Tomai meu jugo sobre vós e recebei minha doutrina, porque eu sou manso e humilde de coração e achareis o repouso para as vossas almas. Porque meu jugo é suave e meu peso é leve».

«Escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos»

Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)

Hoje, a Igreja celebra com alegria e gratidão Santa Catarina de Sena (1347-1380). Com alegria porque nela se tornaram realidade as palavras de Cristo: «Porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequenos» (Mt 11,25). É impressionante o grau de maturidade interior e de união amorosa com Jesus Cristo – até aos esponsais místicos - numa menina tão jovem como Catarina.

O próprio Deus tem no seu “ADN” a simplicidade, a descrição. Assim procedeu o Messias: nasceu num estábulo e ressuscitou sem triunfalismos. Ele era o Rei anunciado e esperado desde David, mas a sua coroa real é feita de espinhos e o seu trono é a Cruz. Numa das suas visões místicas, Catarina viu que Jesus lhe apresentava duas coroas, uma de ouro e outra de espinhos. Ela, respondendo que o seu repouso eram as dores do Senhor, escolheu a de espinhos… «Vinde a mim, vós todos que estai aflito sob o fardo, e eu vos aliviarei» (Mt 11,28): Catarina repousa no sofrimento de Cristo; Jesus repousa na simplicidade da jovem santa.

Catarina, boa conhecedora do seu Amado, tinha viva consciência da grandeza do homem porque o próprio Deus é um enamorado de cada um de nós: «Qual foi o motivo para criares o homem com semelhante dignidade? Certamente, nada a não ser o amor inextinguível com que contemplaste a tua criatura em ti mesmo e te deixaste cativar de amor por ela. Por amor o criaste, por amor lhe deste um ser capaz de apreciar o teu Bem eterno».

Finalmente, a gratidão da Igreja para com Catarina devido aos seus esforços de conciliação. Naquele tempo, a Igreja viveu um triste período de divisões, internas e externas. O mais lamentável foi o “cisma de Avignon”. A partir de 1305, um total de sete papas residiram em Avignon. As orações e os esforços de Santa Catarina - também de outras personalidades, como Santa Brígida - conseguiram que em 1367 o Papa Urbano V regressasse à Cidade Eterna. Graças sejam dadas eternamente às santas mulheres que tanto fizeram - frequentemente mais do que sabemos - pela Igreja!